Entre os 11 países englobados pela Sondagem Econômica da América Latina, nenhum registrou aumento na projeção entre as duas pesquisas (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2015 às 10h58.
Rio de Janeiro - Embora o indicador Clima Econômico da América Latina (ICE), elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com o instituto alemão Ifo, tenha constatado melhora no cenário econômico mundial no levantamento relativo aos primeiros quatro meses do ano, o relatório revisou o crescimento do produto mundial em 2015: a perspectiva agora é de crescimento de 2,3% e não mais de 2,5%, como era esperado em estudo de abril do ano passado.
Divulgado hoje (12), pela FGV, o relatório informa que, para a América Latina, a queda é ainda maior: o crescimento, antes previsto para 2,3%, passou agora para 1,3%.
Entre os 11 países englobados pela Sondagem Econômica da América Latina, elaborada pela FGV e pelo Ifo, nenhum registrou aumento na projeção entre as duas pesquisas. Para o Brasil, a previsão passou de um crescimento de 1,7% para uma retração de 0,9%.
O ICE só se encontra em patamar favorável no Chile (aumento de 33% entre janeiro e abril de 2015); No Peru, o ICE recua da zona favorável para a neutra e o Uruguai continua na zona neutra.
Além do Chile, apenas a Argentina registrou aumento do ICE, embora ainda permaneça na zona desfavorável. Na comparação interanual, o clima econômico melhora apenas na Argentina (1,3%) e no Chile (19%).
No Brasil, todos os indicadores registram queda entre as duas últimas sondagens: ICE (-14%); Índice sobre a Situação Atual - ISA (-27%); e Índice de Expectativas - IE (-9,5%). Na comparação interanual, o recuo do ISA é 68% e, do ICE, 31%, mas o IE registra uma pequena alta de 2,7%.
“No entanto, como as expectativas continuam desfavoráveis e apontando para uma piora da situação daqui a seis meses, a pequena melhora em relação a abril passado tem um peso pequeno na avaliação da projeção do crescimento econômico”, conclui o relatório.