Economia

Setor privado dos EUA acelera contratações, déficit diminui

Mercado de trabalho está melhorando o suficiente para que o Federal Reserve, banco central do país, comece a reduzir em breve suas compras de títulos


	Mural com vagas de emprego: empregadores do setor privado abriram 215 mil novas vagas no mês passado, mostrou Relatório de Emprego da ADP, o maior aumento em um ano
 (AFP)

Mural com vagas de emprego: empregadores do setor privado abriram 215 mil novas vagas no mês passado, mostrou Relatório de Emprego da ADP, o maior aumento em um ano (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 13h41.

Washington - As contratações no setor privado dos Estados Unidos aumentaram em novembro no ritmo mais forte em um ano, sugerindo que o mercado de trabalho está melhorando o suficiente para que o Federal Reserve, banco central do país, comece a reduzir em breve suas compras de títulos.

Mas o otimismo com o mercado de trabalho foi moderado de certa forma por relatório nesta quarta-feira que mostrou queda em medida do nível de emprego da indústria de serviços no mês passado.

Ainda assim, o cenário da economia está melhorando e outros dados mostraram as exportações atingindo máxima recorde em outubro e as vendas de novas moradias registrando o maior crescimento em quase 33 anos e meio.

Os empregadores do setor privado abriram 215 mil novas vagas no mês passado, mostrou Relatório de Emprego da ADP, o maior aumento em um ano e acima das expectativas de economistas de criação de 173 mil postos. O aumento de vagas de outubro foi revisado para 184 mil, ante 130 mil.

Os dados da ADP vêm antes de relatório do governo muito mais abrangente sobre o mercado de trabalho, que será divulgado na sexta-feira, incluindo tanto os empregos no setor público quanto no privado.

Esse relatório deve mostrar criação de 180 mil vagas excluindo o setor agrícola, com base em pesquisa da Reuters junto a analistas, ante 240 mil em outubro.


"Se o relatório da ADP mostrar-se um bom guia, um aumento de 200 mil (vagas fora do setor agrícola) pode ser o suficiente para persuadir o Fed a começar a redução de seu estímulo ainda neste mês", disse o economista-chefe da Capital Economics, Paul Ashworth.

Setor de serviços desacelera

Separadamente, o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou que seu índice de serviços caiu para 53,9 no mês passado, ante 55,4 em outubro. Leitura acima de 50 indica expansão no setor. Novembro foi o 47º mês seguido de expansão.

A medida de emprego do ISM sobre a indústria de serviços atingiu mínima em seis meses em novembro.

Em relatório separado, o Departamento de Comércio informou que o déficit comercial do país diminuiu 5,4 por cento, para 40,6 bilhões de dólares em outubro.

As exportações saltaram 1,8 por cento, mas máxima recorde de 192,67 bilhões de dólares, indicando uma retomada da demanda global que deve ajudar a sustentar o crescimento doméstico no quarto trimestre. As exportações haviam caído por três meses seguidos.

"Isso é um sinal encorajador tanto para o crescimento da indústria dos EUA quanto para a situação da demanda global", disse o economista-chefe da RDQ Economics, John Ryding.

Em outro relatório, o Departamento do Comércio comunicou que as vendas de novas moradias saltaram 25,4 por cento, para taxa anual ajustada sazonalmente de 444 mil unidades em outubro, revertendo a queda de 6,6 por cento de setembro. Isso sugere que a recuperação do mercado imobiliário permanece intacta apesar de taxas hipotecárias mais altas.

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