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Setor privado afirma que Haddad estaria 'mal informado' sobre Perse; ministro rebate

A Fazenda sugeriu no fim do ano passado acabar gradualmente com o Perse, após verificar que o programa passou a custar aos cofres do governo muito acima do acordado com o Legislativo

Ao mencionar as críticas que sofreu, Haddad afirmou que era necessário "baixar um pouco o tom" no debate (Ton Molina/NurPhoto/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 07h04.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , rebateu nesta segunda-feira, 19, afirmações do setor privado de que ele estaria "mal informado" sobre os dados de custo fiscal do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), política a que a pasta quer dar um fim gradual, como propôs na medida provisória editada no fim do ano passado.

Ao mencionar as críticas que sofreu, Haddad afirmou que era necessário "baixar um pouco o tom" no debate, e justificou que não poderia estar mal informado porque trabalha com números oficias da Receita Federal.

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"Ouvi informações inverídicas a respeito, de associações, 'ah, o ministro Haddad precisa consultar a Receita'. Eu só dou dados da Receita, não tenho dados próprios. Então não posso estar mal informado, porque a Receita Federal é que me informa. Quem está mal informado é quem não tem acesso aos dados da Receita. Então vamos baixar um pouco o tom e tratar do país. Estamos tratando aqui das contas do País, não estamos tratando aqui de uma questão específica", disse Haddad, apontando que há um "problema" que precisa ser resolvido com o apoio do Congresso Nacional.

"Temos um problema que precisa ser resolvido com o apoio do Congresso, com todas as negociações que vocês acompanharam. Mas a minha obrigação funcional é levar ao Congresso os dados oficiais da Fazenda, que são inclusive auditados pelo TCU. Então tudo aqui é feito oficialmente, eu não trabalho com dados não oficiais", disse à imprensa.

Fim do Perse

A Fazenda sugeriu no fim do ano passado acabar gradualmente com o Perse, após verificar que o programa passou a custar aos cofres do governo muito acima do inicialmente acordado com o Legislativo. Em 2023, por exemplo, o cálculo é de que a política aprovada durante a pandemia da covid-19 tenha resultado num impacto fiscal de R$ 17 bilhões.

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