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Volume de serviços cai em julho após 3 meses de alta, diz IBGE

Setor registrou queda de 3,2 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior

Serviços: setor registrou queda de 3,2 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Multiassistência/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 13 de setembro de 2017 às 09h23.

Última atualização em 13 de setembro de 2017 às 10h18.

São Paulo / Rio de Janeiro - O setor de serviços no Brasil frustrou as expectativas e interrompeu série de três de altas em julho, registrando o pior resultado para o mês na série, o que indica que o movimento de recuperação será gradual.

Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços registrou queda de 0,8 por cento em julho na comparação com junho, contra expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,3 por cento.

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Esse foi o pior resultado para o mês de julho desde que a série foi iniciada em 2012. A última vez em que o setor registrou perdas foi em março, de 2,3 por cento.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor apresentou queda de 3,2 por cento no volume, pior do que a projeção de queda de 1,3 por cento na pesquisa.

O movimento apresentado em julho destaca que o setor de serviços ainda encontra dificuldades para apresentar uma recuperação sustentada, de acordo com o coordenador do IBGE, Roberto Saldanha, ressaltando que a recuperação da economia no Brasil deve ser gradual.

"O setor de serviços vem num movimento lento e gradual de crescimento, num patamar parecido com o da economia em geral. Não vemos essa queda (em julho) como uma reversão de tendência,é um movimento pontual de queda", disse Saldanha.

O IBGE informou que entre as principais categorias analisadas, a de Serviços prestados às famílias foi a única a crescer, com alta de 0,9 por cento.

Todos os demais segmentos apresentaram perdas no volume, com destaque para as quedas de 2,8 por cento em Outros Serviçose de 2,0 por cento em Serviços profissionais, administrativos e complementares.

Já o segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou queda de 0,9 por cento no volume em julho sobre junho.

Os serviços foram um dos destaques positivos no crescimento acima do esperado que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou no segundo trimestre, de 0,2 por cento sobre os três primeiros meses do ano.

O setor apresentou expansão de 0,6 por cento entre abril e junho sobre os três meses anteriores, num ambiente de inflação e juros em queda e sinais de estabilização do mercado de trabalho.

"Para que o setor de serviços reaja de maneira mais forte será preciso uma recuperação mais vigorosa da indústria, que vem numa sequência de alta, mas ainda suave", completou Saldanha.

A confiança no setor também avança, tendo a segunda alta consecutiva em agosto com melhora das expectativas e redução das incertezas políticas, embora a cautela ainda prevaleça em relação ao investimento.

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