Economia

Serviços do Brasil encolhem 5% em 2016, pior resultado desde 2012

Alta de 0,6% no mês de dezembro não foi suficiente para reverter o fraco desempenho do setor ao longo do ano

As fortes perdas de transportes pesaram sobre o setor de serviços (Quatro Rodas)

As fortes perdas de transportes pesaram sobre o setor de serviços (Quatro Rodas)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 09h28.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2017 às 10h47.

São Paulo / Rio de Janeiro - As fortes perdas na atividade de transportes pesaram em 2016 sobre o setor de serviços, que terminou o ano com o maior recuo da série ao sucumbir à recessão econômica e apresentar em dezembro resultados piores do que o esperado.

Em 2016, o volume de serviços encolheu 5 por cento, o pior resultado da série iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo ano seguido de recuo, após queda de 3,6 por cento em 2015, quando o setor registrou o primeiro resultado negativo na série.

De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, o setor cresceu 0,6 por cento em dezembro sobre o mês anterior e recuou 5,7 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior, pior resultado para o mês na série.

Ambos os resultados foram piores do que o esperado em pesquisa da Reuters, que apontava expectativa de alta mensal de 1,4 por cento e queda de 4,5 por cento na anual.

"Não dá para dizer que o setor de serviços entrou numa fase de recuperação. Outubro foi muito ruim e dezembro ficou longe de um bom resultado", afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE Roberto Saldanha.

"Para o setor de serviços reagir precisa que o setor industrial retome seu crescimento contínuo e que haja a retomada de investimentos que implicam na contratação de empresas e consultorias", acrescentou.

Transportes

Em 2016, a atividade de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou a maior queda, de 7,6 por cento, apesar do avanço de 0,4 por cento em dezembro.

O destaque ficou para as perdas de 10,4 por cento em Transporte terrestre, influenciado diretamente pelo resultado fraco da indústria brasileira no ano passado devido à forte dependência do transporte de cargas, de acordo como IBGE.

Também se destacou no ano passado o desempenho de Serviços profissionais, administrativos e complementares, com retração de 5,5 por cento.

O volume do chamado agregado especial Atividades turísticas avançou 3,1 por cento em dezembro sobre novembro, mas acumulou no ano recuo de 2,6 por cento.

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