Economia

Setor de serviços do Brasil permanece em queda em novembro

O principal fator para a contração do setor de serviços em novembro foi nova queda na entrada de novos trabalhos


	Serviços: principal fator para a contração do setor de serviços em novembro foi nova queda na entrada de novos trabalhos
 (Thinkstock)

Serviços: principal fator para a contração do setor de serviços em novembro foi nova queda na entrada de novos trabalhos (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 09h43.

São Paulo - Os recuos de novos trabalhos, produção e empregos pressionaram em novembro o setor de serviços do Brasil, que permanece em forte contração ainda que o ritmo de deterioração tenha perdido força, mostrou nesta quinta-feira o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O Markit informou que o PMI de serviços brasileiro subiu a 45,5 em novembro ante 43,0 em outubro. A leitura é a mais alta em oito meses, mas não dá alívio já que permanece abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e indica redução acentuada da produção.

"A economia do Brasil afundou mais em novembro. Embora a contração tenha diminuído, o setor privado continua longe da estabilização", disse em nota a economista Pollyanna De Lima, do Markit.

O principal fator para a contração do setor de serviços em novembro foi nova queda na entrada de novos trabalhos, que apesar de ter sido a mais branda desde agosto foi forte devido à fraqueza da demanda com a frágil situação econômica.

Diante da dificuldade de encontrar novos trabalhos, as empresas buscaram cortar custos e reduziram novamente a força de trabalho em novembro, depois do ritmo recorde em outubro. Os cortes afetaram todas as seis categorias monitoradas.

Com preços mais altos de matérias-primas denominadas em dólar, o custo médio de insumos aumentou e, com isso, os preços de venda foram elevados. Ainda assim, a taxa de inflação cobrada foi a mais fraca na atual sequência de 13 meses de aumentos.

Já a confiança entre os fornecedores de serviços diminuiu em novembro. As empresas ainda esperam aumento da produção nos 12 meses à frente, mas o sentimento positivo foi o mais fraco em três meses.

O ritmo mais fraco de contração do setor de serviços compensou o aprofundamento das perdas na indústria e ajudou a elevar o PMI Composto a 44,5 em novembro, sobre 42,7 no mês anterior, porém indicando ainda forte deterioração do setor privado.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 1,7 por cento de julho a setembro sobre o período anterior, no terceiro trimestre seguido de contração. Essa sequência de quedas é a maior desde o início da série histórica do IBGE, em 1996.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosPMI – Purchasing Managers’ IndexServiços diversos

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025