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Serviços sobem 1,3% em junho, a maior alta em mais de um ano

Resultado foi a melhor leitura para o mês desde o início da série histórica iniciada em 2012

Serviços: segundo dados divulgados nesta quarta-feira, o setor teve queda de 3,0 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior (iStock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 09h32.

Última atualização em 16 de agosto de 2017 às 10h08.

São Paulo / Rio de Janeiro - O setor de serviços brasileiro registrou em junho a maior alta mensal em pouco mais de um ano, com resultado bem melhor do que o esperado, fechando o segundo trimestre no azul depois de nove trimestres seguidos de perdas.

O volume de serviços aumentou 1,3 por cento em junho ante maio, melhor desempenho desde o avanço de 1,4 por cento visto em março de 2016, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

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O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,6 por cento na comparação mensal, e também foi a melhor leitura para o mês desde o início da série histórica iniciada em 2012.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o setor registrouqueda no volume de 3,0 por cento, um pouco melhor do que a expectativa de recuo de 3,7 por cento.

Com isso, a atividade de serviços encerrou o segundo trimestre com alta de 0,3 por cento em relação aos três meses anteriores, apresentando ganhos pela primeira vez depois de nove trimestres seguidos de resultados negativos.

Segundo o IBGE, quatro das cinco principais categorias registraram aumento no volume de serviços em junho, sendo a exceção Serviços de informação e comunicação (-0,2 por cento).

O volume de Serviços prestados às famílias e Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio tiveram aumento de 1 por cento no mês. Já Serviços profissionais, administrativos e complementares avançaram 0,8 por cento, enquanto Outros Serviços aumentaram 0,7 por cento.

Apesar dos resultados melhores do que o esperado, o setor de serviços ainda enfrenta a elevada taxa de desemprego e o coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha, encara os números com cautela.

"O que dá para dizer é que a pior fase para o setor de serviços já passou, mas não dá para bancar uma recuperação", disse ele. "Para ser uma recuperação, é preciso crescimento mais forte da economia, reação mais robusta da indústria e dos próprios governos, que contratam muitos serviços", acrescentou.

O setor também é favorecido pela inflação baixa e pela queda da taxa de juros, que também ajudaram as vendas no varejo em junho a subirem 1,2 por cento sobre o mês anterior e 3 por cento na comparação com o mesmo período de 2016.

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