Setor de panificação cresce 12% em 2011
Setor faturou R$ 62,99 bilhões no ano e coloca como maior desafio aumentar o consumo de pães no país
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 16h49.
São Paulo – Pelo quinto ano seguido, o setor de panificação ampliou o faturamento com percentual superior a um dígito. Mesmo com ligeira baixa na intensidade de alta ante 2010, quando houve crescimento de 13,7%, o valor foi bastante expressivo. O faturamento do setor alcançou os R$ 62,99 bilhões em 2011, resultado 11,88% maior que o de 2010, que ficou em R$ 56,30 bilhões.
Apesar da alta, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira, observou que ainda é preciso aumentar o consumo de pães para que o Brasil chegue aos 60 quilos anuais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O consumo anual do brasileiro, em 2011, manteve-se estável na média de 30 quilos por habitante. A quantidade também é bem menor do que em países vizinhos como a Argentina (82,5 quilos), o Uruguai (55 quilos) e o Chile (98 quilos).
Pereira destacou haver uma discrepância de hábitos no país. Enquanto no Sul, o consumo atinge a 50 quilos, na Região Norte limita-se a apenas 15 quilos. Ele disse que conquistar novos clientes é a grande meta das padarias do país. “Existe uma nova gama de pessoas adentrando a classe média. São quase 3 milhões [de pessoas] e isso melhora o ambiente de consumo do nosso setor.”
O presidente da Abip lembrou que o pão, principal produto das panificadoras, tende cada vez mais a dividir espaços com outros itens comuns hoje nas chamadas padarias gourmets. Nesses espaços, além da diversidade gastronômica na linha da confeitaria, o consumidor pode almoçar ou jantar e levar para casa, em alguns casos, até hortifrutigranjeiros.
Com a modernização do setor, destacou Pereira, veio a carência de mão de obra mais qualificada. Só no estado de São Paulo, existem cerca de 10 mil vagas a serem preenchidas e, no país, já são 25 mil. Em 2011, o nível de emprego no setor cresceu 2,8%, o que representou uma elevação de 21 mil postos de trabalho e uma base de 779 mil pessoas empregadas.
Dados da Abip indicam também que, no ano passado, apenas 51% das vendas foram de produtos fabricados no próprio estabelecimento, o que significou R$ 32,12 bilhões de um faturamento de R$ 62,9 bilhões. Esse fato, porém, não é visto pelo setor como um embaraço da concorrência porque, segundo Pereira, o novo conceito de gestão ajuda a fidelizar clientes.
Segundo ele, o sucesso administrativo já ganhou fronteiras com a exportação do modelo para a China. Com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), a Abip participará em 2012 de vários eventos fora do país, inclusive, em Paris, onde renomados confeiteiros brasileiros procuram especializar-se na arte de fazer pão.
São Paulo – Pelo quinto ano seguido, o setor de panificação ampliou o faturamento com percentual superior a um dígito. Mesmo com ligeira baixa na intensidade de alta ante 2010, quando houve crescimento de 13,7%, o valor foi bastante expressivo. O faturamento do setor alcançou os R$ 62,99 bilhões em 2011, resultado 11,88% maior que o de 2010, que ficou em R$ 56,30 bilhões.
Apesar da alta, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira, observou que ainda é preciso aumentar o consumo de pães para que o Brasil chegue aos 60 quilos anuais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O consumo anual do brasileiro, em 2011, manteve-se estável na média de 30 quilos por habitante. A quantidade também é bem menor do que em países vizinhos como a Argentina (82,5 quilos), o Uruguai (55 quilos) e o Chile (98 quilos).
Pereira destacou haver uma discrepância de hábitos no país. Enquanto no Sul, o consumo atinge a 50 quilos, na Região Norte limita-se a apenas 15 quilos. Ele disse que conquistar novos clientes é a grande meta das padarias do país. “Existe uma nova gama de pessoas adentrando a classe média. São quase 3 milhões [de pessoas] e isso melhora o ambiente de consumo do nosso setor.”
O presidente da Abip lembrou que o pão, principal produto das panificadoras, tende cada vez mais a dividir espaços com outros itens comuns hoje nas chamadas padarias gourmets. Nesses espaços, além da diversidade gastronômica na linha da confeitaria, o consumidor pode almoçar ou jantar e levar para casa, em alguns casos, até hortifrutigranjeiros.
Com a modernização do setor, destacou Pereira, veio a carência de mão de obra mais qualificada. Só no estado de São Paulo, existem cerca de 10 mil vagas a serem preenchidas e, no país, já são 25 mil. Em 2011, o nível de emprego no setor cresceu 2,8%, o que representou uma elevação de 21 mil postos de trabalho e uma base de 779 mil pessoas empregadas.
Dados da Abip indicam também que, no ano passado, apenas 51% das vendas foram de produtos fabricados no próprio estabelecimento, o que significou R$ 32,12 bilhões de um faturamento de R$ 62,9 bilhões. Esse fato, porém, não é visto pelo setor como um embaraço da concorrência porque, segundo Pereira, o novo conceito de gestão ajuda a fidelizar clientes.
Segundo ele, o sucesso administrativo já ganhou fronteiras com a exportação do modelo para a China. Com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), a Abip participará em 2012 de vários eventos fora do país, inclusive, em Paris, onde renomados confeiteiros brasileiros procuram especializar-se na arte de fazer pão.