Economia

Setor de franquias quer democratizar o sistema para classe C

O setor de microfranquias nacional cresceu 22% em 2012, em relação ao ano anterior, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,5 bilhões


	Cidade do Rio de Janeiro: dados revelam que o Rio de Janeiro cresceu 17,7% em termos de faturamento, em 2012, e 17% em número de redes
 (Wikimedia Commons)

Cidade do Rio de Janeiro: dados revelam que o Rio de Janeiro cresceu 17,7% em termos de faturamento, em 2012, e 17% em número de redes (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 16h06.

Rio de Janeiro - O mercado brasileiro de franquias pretende investir, cada vez mais, na democratização do sistema. Os financiamentos oferecidos pelos bancos oficiais e pelas agências de fomento estaduais, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e a Agência de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio), que oferecem taxas de juros reduzidas, facilitam o acesso da classe C às microfranquias.

A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABRF-RJ), Beto Filho, em entrevista à Agência Brasil, ao participar da cerimônia de abertura da 7ª Feira Rio Franchising Business, no Riocentro.

“Ela pode se habilitar, porque nós temos franquias a partir de R$ 10 mil”. Segundo ele, o franchising diminui o risco de investimento dos bancos, abrindo a possibilidade para que muita gente ingresse nesse mercado.

O setor de microfranquias nacional cresceu 22% em 2012, em relação ao ano anterior, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

O número de redes cresceu 10%, de 336 para 368, enquanto o total de unidades evoluiu de 12.561 para 13.352, com expansão de 6%. “E vai crescer mais, porque é onde tem a possibilidade de haver maior número de franqueados, de pessoas com menor renda poderem virar um franqueado empreendedor”, disse.

O Brasil subiu uma posição no ranking mundial, ocupando a terceira colocação, atrás da China e dos Estados Unidos, graças ao crescimento de 19,4% observado no número de redes. Elas somaram 2.426, no ano passado, contra 2.031 redes existentes no ano anterior.

O número de unidades de franquia subiu 12,3% no período, com um total de 104.543. O faturamento também aumentou 16,2% em 2012, em relação a 2011, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), atingindo R$ 103,2 bilhões.

Para este ano, a meta é, pelo menos, repetir o crescimento observado em 2012. “Pelas projeções, a gente está muito próximo de finalizar o ano acima de dois dígitos e repetindo o aumento do ano passado”, declarou Beto Filho.


Durante a 7ª Rio Franchising Business, que se estende até sábado (28), serão debatidos os rumos do mercado de franquias no país. O presidente da ABF-RJ informou que a expansão observada no ano passado repercute na geração de empregos no país.

“Hoje, nós temos mais de 3 milhões de pessoas ligadas ao sistema de franquia”. O segmento criou no ano passado 103 mil novos postos de trabalho diretos, com aumento de 12,3%, resultando em mais de 3,7 milhões de empregos indiretos. Para 2013, a estimativa da ABF é elevar em 11% a criação de postos de trabalho.

Na opinião de Beto Filho, em situações de crise, o setor é o último a ser afetado e o primeiro a sair da crise.

Outro fato curioso que ocorre nesse segmento é que, “normalmente, 95% das pessoas que adquirem franquias são ex-funcionários. Eles liberam uma vaga onde trabalhavam, viram empreendedores e passam a ser empregadores”. Ele considera muito importante esse movimento do empregador social causado pelo franchising.

Depois de São Paulo, o estado do Rio de Janeiro é o segundo maior mercado de franquias no Brasil. “Proporcionalmente ao número de municípios, o resultado é muito parecido. Porque São Paulo tem muito mais cidades que o Rio. Em número de marcas e de faturamento, é muito proporcional ao tamanho”, disse.

Os dados revelam que o Rio de Janeiro cresceu 17,7% em termos de faturamento, em 2012, e 17% em número de redes. O estado do Rio representa, atualmente, 12,6% do sistema de franquias nacional.

Acompanhe tudo sobre:Classe Cfinanciamentos-para-pequenas-empresasFranquias

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor