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Serviços do Brasil têm pior queda anual para o mês desde 2012

Setor registrou queda de 0,3 por cento no volume de vendas em setembro sobre o mês anterior, após baixa de 1,4 por cento em agosto

Supermercado: comparação com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 4,9 por cento no volume de serviços (Facebook Supermercado Guanabara/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 09h44.

São Paulo - O volume do setor de serviços no Brasil recuou em setembro pelo segundo mês seguido, ainda que com menor força, mostrando que a fraqueza do setor seguia num ambiente que pode ajudar a reduzir a pressão inflacionária e favorecer novo corte de juros.

O setor registrou queda de 0,3 por cento no volume de vendas em setembro sobre o mês anterior, após baixa de 1,4 por cento em agosto e alta de 0,6 por cento em julho, mostrou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 4,9 por cento no volume, 18ª taxa negativa e a maior para o mês na série iniciada em 2012.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de economistas era de contração anual de 4,1 por cento em agosto.

O destaque em setembro, segundo o IBGE, foi a atividade de Outros Serviços, que apresentou perdas de 2,5 por cento na comparação com o mês anterior.

Já o volume de Serviços prestados às famílias recuou 0,9 por cento e o de Serviços de informação e comunicação caiu 0,6 por cento.

Na outra ponta, os Serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram alta de 0,7 por cento e os Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio subiram 0,3 por cento.

O IBGE informou ainda que o agregado especial das atividades turísticas teve avanço de 1,5 por cento na comparação com agosto.

A inflação vem mostrando maior descompressão no segundo semestre, com o IPCA acumulando alta de 7,87 por cento em 12 meses até outubro.

Os preços de serviços, no entanto, mostrou mais força no mês passado e são uma variável tida pelo Banco Central como uma das principais para a intensidade do ciclo de afrouxamento monetário iniciado no mês passado, quando reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a 14 por cento ao ano.

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