A alta do consumo das famílias é uma das principais causas do crescimento do PIB (Masão Goto Filho/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2011 às 12h50.
São Paulo - O crescimento da economia brasileira medido pelo Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) foi de 0,4% em julho, sem considerar influências sazonais, em relação a junho, que havia apresentado estagnação. A expansão do PIB foi de 3% se comparada a julho do ano passado, de 3,5% no acumulado dos sete primeiros meses de 2011 e de 4,4% no acumulado dos últimos 12 meses. Apesar da alta em julho, a Serasa Experian indica que o cenário é de desaceleração da economia.
A desaceleração é verificada pela queda na variação do PIB sobre o mesmo mês do ano passado. Nessa comparação, o indicador passou de 3,2% em junho para 3% em julho. O ritmo passou também de 0,8% no trimestre terminado em junho para 0,7% no trimestre encerrado em julho. Em nota divulgada hoje (22) à imprensa, a entidade afirma que a desaceleração é resultado das medidas de aperto fiscal e monetário tomadas pelo governo para combater a inflação, das incertezas da economia global e da alta das importações.
Do ponto de vista da demanda agregada, o PIB segue sustentado pelo consumo das famílias, que cresceu 1,1% em julho e já acumula no ano, até julho, elevação de 5,8%. O consumo do governo também contribuiu para o melhor desempenho do mês ao registrar alta de 0,4% (3,5% no acumulado até julho). Por outro lado, investimentos recuaram 2,5% e as exportações caíram 2,2%. As importações recuaram 0,8%.
Na decomposição do indicador pela oferta, a atividade industrial conseguiu reverter queda de 1,3% em junho para uma elevação de 0,7% em julho. A produção agropecuária, por sua vez, cresceu 0,3% e serviços, 0,1%.