A inadimplência melhorou em abril em relação a março (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 13h18.
São Paulo - Dos cerca de 80,3 milhões de cheques compensados no País em abril, 1,6 milhão (2% do total) foi devolvido por falta de fundos, segundo pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. O resultado representa uma queda em relação a março, quando 2,13% foram devolvidos, e um aumento ante abril do ano passado, quando a porcentagem de devolução foi de 1,86%. No período de janeiro a abril deste ano, foi devolvido 1,92% do total de cheques compensados no País - índice praticamente igual ao 1,91% registrado no mesmo período do ano passado.
A avaliação da Serasa Experian leva em conta a quantidade de cheques compensados - isto é, o total de cheques encaminhados para a câmara de compensação interbancária do Banco do Brasil (BB). Na compensação, o cheque pode ser pago ou devolvido. A pesquisa registra como "devolução" o cheque que voltou por duas vezes por falta de fundos. Isso, para a entidade, caracteriza a inadimplência.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda na porcentagem de cheques sem fundos em abril ante março decorre do fim do período do ano em que se concentram vários pagamentos, como parcelas de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), despesas escolares e parcelamentos de compras de Natal e férias. Este período é classificado pela instituição como "crítico" para o orçamento familiar. Já a perspectiva para maio é de que a inadimplência com cheques volte a subir, em decorrência do Dia das Mães.
A Serasa Experian acrescenta que, na comparação entre os primeiros quatro meses de 2010 e 2011, a manutenção do índice no mesmo patamar indica que a qualidade dos cheques como meio de pagamento "não está comprometida".
Os Estados com menores índices de cheques devolvidos nos primeiros quatro meses de 2011 foram São Paulo (1,46%), Rio de Janeiro (1,58%) e Paraná (1,62%), todos com índice abaixo da média nacional (1,92%). Os piores índices foram registrados em Roraima (11,15%), Maranhão (9,55%) e Acre (7,57%), bem acima da média do Brasil. No mesmo período, a menor porcentagem de cheques sem fundos foi registrada na região Sudeste (1,57%). Em seguida aparecem as regiões Sul (1,78%), Centro-Oeste (2,49%), Nordeste (3,33%) e Norte (4,11%).