Seprosp faz acordo de redução de jornada para 40 horas
São Paulo - O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Sindpd) fechou hoje acordo coletivo com o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados (Seprosp) que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada de trabalho, a partir de 1º de janeiro de 2011. O acordo prevê ainda […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Sindpd) fechou hoje acordo coletivo com o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados (Seprosp) que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada de trabalho, a partir de 1º de janeiro de 2011. O acordo prevê ainda aumento salarial linear de 6%.
A jornada semanal de 40 horas está presente na pauta de discussões das centrais sindicais há 17 anos e faz parte da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados. Agora, em ano eleitoral, os sindicatos ameaçam fazer greves em todo o País para forçar o Congresso a aprovar a medida. Entidades patronais como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não aceitam negociar a proposta. Os sindicalistas cobram uma data para votação da PEC e dizem que estão dispostos a negociar uma forma gradativa para reduzir a jornada para 40 horas.
O acordo obtido hoje pelo Sindpd também reajustou os pisos salariais da categoria entre 6,7% e 12,5%. Desta forma, o salário mínimo recebido por um digitador será de R$ 820,00 (aumento de 6,7%), de um administrador da área será de R$ 650,00 (8,3%) e de um técnico será de R$ 910,00 (8,3%). O sindicato estima que haja 80 mil profissionais dessa área no Estado de São Paulo e cerca de 650 mil no País.
O presidente do Sindpd, Antonio Neto, observa que as discussões no Congresso Nacional sobre a redução da jornada levaram o sindicato patronal do setor a reavaliar a reivindicação, na pauta dos sindicalistas há oito anos. "A redução da jornada de trabalho é a nossa principal vitória. As negociações foram muito pesadas, o patronato estava intransigente, mas o bom senso prevaleceu", ressaltou. Também presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Neto acredita que a conquista dos funcionários de processamento de dados deverá reforçar a luta dos trabalhadores para obter uma jornada menor.