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Senadores dos EUA buscam novas sanções contra Irã por míssil

Tensões entre Teerã e Washington aumentaram desde que um teste de míssil balístico iraniano fez com que o governo Trump impusesse sanções

Irã: "Penso que agora é hora do Congresso fazer o Irã assumir a responsabilidade sobre o que ele fez fora do programa nuclear" (Rouholla Vahdati/AFP)
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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 17h38.

Munique  - Senadores republicanos dos Estados Unidos planejam introduzir uma lei para impor mais sanções contra o Irã , acusando o país de violar resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ao testar mísseis balísticos e agir para desestabilizar o Oriente Médio, disse um senador norte-americano neste domingo.

"Penso que agora é hora do Congresso fazer o Irã assumir a responsabilidade sobre o que ele fez fora do programa nuclear", disse o senador Lindsey Graham, membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, durante a Conferência de Segurança de Munique.

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Graham disse que ele e outros republicamos iriam introduzir medidas para tornar o Irã responsável por suas ações.

Tensões entre Teerã e Washington aumentaram desde que um teste de míssil balístico iraniano fez com que o governo do presidente Donald Trump impusesse sanções contra indivíduos e entidades ligadas à Guarda Revolucionária do país.

"O Irã é um ator ruim, no maior sentido da palavra, no que tange a região. Para o Irã, eu digo, se vocês querem que tratemos vocês de forma diferente, então parem de construir mísseis, testá-los em desafio à resolução da ONU e escrever 'Morte à Israel' no míssil. Isto é uma mensagem mista", disse Graham.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif, disse durante entrevista coletiva anteriormente neste domingo que o Irã não responde bem a sanções ou ameaças.

O senador Christopher Murphy, membro do Comitê de Relações Internacionais do Senado, disse ao mesmo painel que não há nada prevenindo o Congresso de impor sanções além das que foram retiradas como resultado de um acordo nuclear de 2016 com o Irã.

Murphy, um democrata, disse apoiar o acordo nuclear no entendimento explícito de que não iria prevenir o Congresso de tomar ações contra o Irã fora da questão nuclear.

"Haverá uma conversa sobre qual é a resposta proporcional", disse Murphy, se referindo ao teste de míssil do Irã. "Mas eu não penso necessariamente que haverá divisão partidária sobre se temos ou não a habilidade como um Congresso de falar sobre questões fora do acordo nuclear".

Murphy disse que os Estados Unidos precisam decidir se querem ou não assumir uma função mais ampla no conflito regional.

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