Economia

Senado votará dívida dos estados até abril, prevê Tarso

A proposta troca o IGP-DI mais juros de 6% a 9% ao ano pelo IPCA mais juros de 4% ao ano, limitados ao índice da Taxa Selic do mesmo período


	Senado: preocupado com avaliação do país por agências internacionais de classificação de risco, o próprio governo federal colocou freio na aprovação
 (Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

Senado: preocupado com avaliação do país por agências internacionais de classificação de risco, o próprio governo federal colocou freio na aprovação (Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 19h12.

Porto Alegre - O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), previu que o plenário do Senado votará o projeto que altera o indexador das dívidas dos estados com a União até o final de abril.

"Em função de sinais bem claros de retomada do crescimento do país estou convencido de que votaremos esse projeto até o final do mês que vem", afirmou, em entrevista coletiva, na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), nesta quarta-feira, 19.

"Esta informação também está vinculada às articulações políticas que estamos fazendo", complementou.

Os governadores estão empenhados na aprovação do projeto enviado pelo Executivo no ano passado sem a emenda que inclui na matéria a convalidação dos incentivos fiscais dados unilateralmente pelos Estados para evitar que o tema volte à Câmara Federal.

A proposta troca o IGP-DI mais juros de 6% a 9% ao ano pelo IPCA mais juros de 4% ao ano, limitados ao índice da Taxa Selic do mesmo período. No caso do Rio Grande do Sul, que deve R$ 42 bilhões, a mudança pode significar a liquidação da dívida até 2027.

Se nada mudar, o estado chegará àquele ano necessitando renegociar um resíduo que, pelo saldo atual, está próximo de R$ 20 bilhões.

Preocupado com a avaliação do país pelas agências internacionais de classificação de risco, o próprio governo federal colocou um freio na aprovação, que era considerada certa no início do ano, mobilizando aliados para alterar o texto, o que levaria a proposta de volta à Câmara.

Tarso viajou para Brasília à tarde e à noite trataria do assunto com o relator da matéria, o senador Luiz Henrique (PMDB/SC).

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