Economia

Sem verba, virada em Florianópolis será bancada por empresários

Após anúncio de que o município não faria investimentos públicos para o evento, empresários se reuniram para garantir a queima de fogos

Ano Novo: a temporada de 2015 e 2016 foi uma das melhores das últimas décadas em Florianópolis (SXC)

Ano Novo: a temporada de 2015 e 2016 foi uma das melhores das últimas décadas em Florianópolis (SXC)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 14h55.

Última atualização em 30 de dezembro de 2016 às 14h56.

Registrando queda no número de turistas em comparação ao ano passado e sem investimentos públicos para a festa da virada, Florianópolis terá um Réveillon modesto.

Após o anuncio do prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) de que o município não faria investimentos públicos para o evento para poder garantir o pagamento do funcionalismo público, empresários da cidade se reuniram para garantir a tradicional queima de fogos na Beira-Mar Norte.

Neste ano, serão 15 toneladas e 10 minutos a menos de fogos que no ano anterior, quando a cidade realizou a maior queima do país com 22 minutos de luzes e fogos. Para o empresariado, manter a realização da festa traz visibilidade para a cidade turística:

"A mídia que o Réveillon proporciona para a cidade é importante para manter Florianópolis na rota do turismo", diz Estanislau Bresolin, presidente da Fhoresc (Federação dos Hotéis, Bares e Similares).

Em 2014 a Prefeitura de Florianópolis investiu R$ 6,5 milhões e em 2015 R$ 4 milhões para a festa da virada. Este ano, a municipalidade vai apoiar apenas com infraestrutura e segurança.

No início de dezembro, o prefeito Cesar Souza Júnior anunciou que o município cortaria verbas do Natal, Réveillon e Carnaval de 2017 para conseguir honrar a folha dos servidores.

A festa deste ano foi capitaneada pelo empresário Ronaldo Daux (Hotel Majestic), da tradicional família que impulsionou o turismo na cidade na década de 1970 e 1980, que contou com o apoio de pelo menos outros 15 empresários que vão desde lojas de departamentos, hotéis, empresas de comunicação e imobiliárias. Somente na queima de fogos, os empresários afirmam que serão investidos R$ 300 mil.

Aposta nos Hermanos para recuperar queda no turismo

A temporada de 2015 e 2016 foi uma das melhores das últimas décadas em Florianópolis, quando a registrou uma taxa de ocupação na rede hoteleira em torno de 90%. Já neste ano, a queda está em torno de 30%, podendo chegar a 60% em algumas regiões da cidade.

A diminuição no fluxo de pessoas também é sentida no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, onde a Infraero aponta queda de 10% nos embarques e desembarques entre dezembro e os primeiros dias de janeiro.

Entre os turistas nacionais, a cidade é mais procurada por gaúchos, que enfrentam grave recessão como atraso de salários, e paulistas, que este ano vieram em menor número.

A expectativa do setor hoteleiro e dos comerciantes locais, agora, está na vinda dos argentinos, que costumam chegar em janeiro, após as festas. Ano passado, o estado recebeu oito milhões de turistas, 1,5 milhão vieram da Argentina e passaram pela Capital.

A Flecha Bus, principal empresa argentina de ônibus de turismo, aponta que 90% da frota com destino a Florianópolis está ocupada. No ano passado, a empresa contabilizou 20 ônibus diários durante o mês de janeiro para a Capital catarinense.

Programação na Beira-Mar Norte

Atrações musicais vão das 22h até a 1h

21h - DJ Alexandre Sandall

22h - Cantor Maurício Cavalheiro

23 - Sambaí

0h Show de Fogos

0h - DJ Felipe Fagundes

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