Economia

Segunda região espanhola busca ajuda financeira

Anúncio da fortemente endividada região de Valência na sexta-feira, de que irá precisar de ajuda de Madri, assustou os mercados financeiros

As 17 regiões autônomas e endividadas da Espanha, atualmente fora dos mercados internacionais, têm sido uma grande fonte de preocupação para os investidores (Andrea Comas/Reuters)

As 17 regiões autônomas e endividadas da Espanha, atualmente fora dos mercados internacionais, têm sido uma grande fonte de preocupação para os investidores (Andrea Comas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 13h53.

MADRI, 22 Jul (Reuters) - A pequena Múrcia tornou-se a segunda região espanhola a anunciar que irá usar o programa do governo de 18 bilhões de euros para manter suas finanças solventes, enquanto uma reportagem informou que uma dúzia de governos estão prontos para seguir os passos de Valência.

O anúncio da fortemente endividada região de Valência na sexta-feira, de que irá precisar de ajuda de Madri, assustou os mercados financeiros e complicou os esforços do governo central para evitar um resgate soberano total.

As 17 regiões autônomas e endividadas da Espanha, atualmente fora dos mercados internacionais, têm sido uma grande fonte de preocupação para os investidores, depois que seus governos não atingiram as metas de déficit no ano passado.

O chefe do governo de Múrcia, Ramón Luis Valcárcel, disse ao jornal local La Opinión deste domingo que a região com uma população de aproximadamente 1,4 milhão de pessoas pedirá ajuda de financiamento entre 200 e 300 milhões de euros.

"Nós esperamos que até setembro ele (mecanismo de financiamento) esteja disponível. Mas ninguém deve pensar que esse dinheiro é um presente, as condições serão muito duras", disse Valcárcel ao jornal em entrevista. Autoridades de Múrcia não estavam imediatamente disponíveis para confirmar a notícia.

A ajuda de financiamento ajudará as regiões a lidarem com seus empréstimos --necessidades de refinanciamento que totalizam 36 bilhões de euros em 2012--, mas vem atada a exigentes condições fiscais.

Reportagens também listaram Catalunha, Castilla La Mancha, as ilhas Baleares, as ilhas Canárias ou Andaluzia como possíveis candidatos ao mecanismo.

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