Exame Logo

Seca afeta safra de cana do Nordeste do Brasil

A região, que iniciou a colheita em setembro em Alagoas, tipicamente esmaga a cana para a produção de açúcar e etanol até março

Brasileiro cortando cana de açúcar no interior de SP: a produção de cana no segundo maior Estado produtor, Pernambuco, que começa a colheita nas próximas semanas, deve ser ainda pior (Nelson Almeida/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 18h49.

São Paulo - Uma das piores secas em três décadas deve reduzir a safra de cana do Nordeste brasileiro nesta temporada em até 30 por cento em alguma áreas, disseram líderes da indústria na região, que se encontra em meio à moagem.

As regiões Norte e Nordeste do Brasil representam somente cerca de 10 por cento do fornecimento nacional de cana, mas a safra é uma importante fonte de açúcar e etanol no âmbito doméstico, além de exportar na entressafra do centro-sul.

A região, que iniciou a colheita em setembro em Alagoas, tipicamente esmaga a cana para a produção de açúcar e etanol até março, quando o centro-sul inicia a colheita da nova safra. Mas nesta temporada as operações devem terminar mais cedo.

"Não há cana o suficiente, então nós esperamos acabar a moagem em fevereiro", disse Jorge Torres, diretor técnico da Associação da Indústria da Cana (Sindaçúcar) em Alagoas, principal Estado produtor de cana no Nordeste do país.

Torres afirmou que o Nordeste produziria somente 52 milhões de toneladas neste ano, uma queda de 10 a 15 por cento ante o recorde de 62 milhões de toneladas da última safra. O fornecimento do açúcar da região também deve cair seguindo a mesma porcentagem, ante mais de 4 milhões de toneladas da última safra, acrescentou.


Rudson Sarmento, coordenador técnico da Associação de fornecedores de Cana de Alagoas, disse que o Estado veria uma queda de 20 a 25 por cento na produção da cana devido à seca que atingiu as lavouras.

"Nós recebemos somente 30 por cento das chuvas normais neste ano", disse Sarmento.

A produção de cana no segundo maior Estado produtor, Pernambuco, que começa a colheita nas próximas semanas, deve ser ainda pior.

"Essa deve ser a pior safra desde 1982/83", disse Paulo Giovani, vice-presidente técnico da Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco (Afcp).

Segundo Giovanni, a produção de Pernambuco cairia 30 por cento, para 16 milhões de toneladas neste ano.

"Nós vimos uma queda de 40 por cento nas chuvas nesta última temporada e em abril, quando nós aplicamos o fertilizante, estava particularmente seco", ele disse.

A principal lavoura de cana do centro-sul do Brasil, que representa 90 por cento da produção de cana de açúcar do país, está nas semanas finais.

A região deve moer 512 milhões de toneladas de cana, de acordo com a Unica, associação da indústria. Essa seria uma modesta alta ante as 493 milhões de toneladas no ano anterior, quando a produção na região caiu pela primeira vez em uma década.

Veja também

São Paulo - Uma das piores secas em três décadas deve reduzir a safra de cana do Nordeste brasileiro nesta temporada em até 30 por cento em alguma áreas, disseram líderes da indústria na região, que se encontra em meio à moagem.

As regiões Norte e Nordeste do Brasil representam somente cerca de 10 por cento do fornecimento nacional de cana, mas a safra é uma importante fonte de açúcar e etanol no âmbito doméstico, além de exportar na entressafra do centro-sul.

A região, que iniciou a colheita em setembro em Alagoas, tipicamente esmaga a cana para a produção de açúcar e etanol até março, quando o centro-sul inicia a colheita da nova safra. Mas nesta temporada as operações devem terminar mais cedo.

"Não há cana o suficiente, então nós esperamos acabar a moagem em fevereiro", disse Jorge Torres, diretor técnico da Associação da Indústria da Cana (Sindaçúcar) em Alagoas, principal Estado produtor de cana no Nordeste do país.

Torres afirmou que o Nordeste produziria somente 52 milhões de toneladas neste ano, uma queda de 10 a 15 por cento ante o recorde de 62 milhões de toneladas da última safra. O fornecimento do açúcar da região também deve cair seguindo a mesma porcentagem, ante mais de 4 milhões de toneladas da última safra, acrescentou.


Rudson Sarmento, coordenador técnico da Associação de fornecedores de Cana de Alagoas, disse que o Estado veria uma queda de 20 a 25 por cento na produção da cana devido à seca que atingiu as lavouras.

"Nós recebemos somente 30 por cento das chuvas normais neste ano", disse Sarmento.

A produção de cana no segundo maior Estado produtor, Pernambuco, que começa a colheita nas próximas semanas, deve ser ainda pior.

"Essa deve ser a pior safra desde 1982/83", disse Paulo Giovani, vice-presidente técnico da Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco (Afcp).

Segundo Giovanni, a produção de Pernambuco cairia 30 por cento, para 16 milhões de toneladas neste ano.

"Nós vimos uma queda de 40 por cento nas chuvas nesta última temporada e em abril, quando nós aplicamos o fertilizante, estava particularmente seco", ele disse.

A principal lavoura de cana do centro-sul do Brasil, que representa 90 por cento da produção de cana de açúcar do país, está nas semanas finais.

A região deve moer 512 milhões de toneladas de cana, de acordo com a Unica, associação da indústria. Essa seria uma modesta alta ante as 493 milhões de toneladas no ano anterior, quando a produção na região caiu pela primeira vez em uma década.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaCana de açúcarTrigo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame