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Sarkozy diz que UE deve combater especulação

Segundo o presidente francês, a UE vai regular os mercados financeiros para evitar que a situação se repita

Sarkozy diz que as medidas urgentes não necessitam de nenhuma reforma dos tratados europeus (.)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2010 às 22h06.

Bruxelas - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou hoje que a União Europeia (UE) está decidida a "combater sem descanso" a especulação nos mercados financeiros e a defender o euro das pressões que viveu nas últimas semanas.

Segundo o presidente francês, a UE vai regular os mercados financeiros para evitar que a situação se repita e, concretamente, aprovará regras para "os produtos derivados" e "moralizará o trabalho das agências de qualificação".

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Sarkozy considera que a Europa deve responder desta forma ao "movimento especulativo" de toda a zona do euro registrado nos últimos tempos.

"A zona do euro atravessa hoje sem dúvida a crise mais grave desde sua criação", admitiu Sarkozy, sublinhando que por isso são necessárias "respostas extraordinárias", em referência aos acordos fechados pelos líderes da zona do euro para pôr imediatamente em andamento um mecanismo comum de estabilização financeira e avançar na regulação dos mercados.

O presidente francês ressaltou o caráter urgente das medidas: "na segunda-feira, à abertura dos mercados, a Europa estará pronta para defender o euro". Previamente, no domingo, os ministros de Finanças dos 27 se reunirão para fechar os detalhes desse mecanismo de intervenção e rubricar de forma oficial o pactuado pelos países do euro.

Além disso, Sarkozy deixou claro que estas medidas urgentes não necessitam de nenhuma reforma dos tratados europeus para serem aplicadas. Embora não tenha entrado em detalhes, o presidente francês insistiu que se trata de uma "mobilização totalmente geral" através de um mecanismo comunitário para proteger o euro.

"Esta crise é sistêmica, a resposta deve ser sistêmica", assinalou, lembrando que os ataques especulativos não se limitam já à Grécia ou a outros países, mas ao conjunto da união monetária.

Hoje era a hora da verdade para a zona do euro: ou deixávamos os mercados decidirem o futuro do euro em nosso lugar ou éramos capazes de tomar as medidas necessárias", afirmou Sarkozy. Além disso, ressaltou a vontade dos sócios membros de reforçar seu Governo econômico e de levar suas propostas para a supervisão e reforma das finanças à reunião do G20 em Toronto (Canadá).

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