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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h24.
São Paulo, 3 de setembro (Reuters) - Os preços voltaram a subir com força em São Paulo após dois meses consecutivos de deflação. Para a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a alta dos preços ocorreu principalmente pelos reajustes de tarifas públicas.
O IPC-Fipe, divulgado nesta quarta-feira (3/9) registrou inflação de 0,63% em agosto, após dois meses seguidos de deflação: 0,08% em julho e 0,16% em junho. A taxa de agosto é a menor para o mês desde agosto de 1998, quando houve deflação de 1%. Mas o índice é o maior registrado em cinco meses, quando a inflação ficou em 0,67% em março. Apesar de mostrar rápido avanço, a inflação ficou muito próxima do esperado pela Fipe (0,60%).
"O resultado do IPC-Fipe de agosto ficou em linha com a nossa projeção de cerca de 0,6% e no limite superior das expectativas de mercado (entre 0,45% e 0,65%)", afirma o CSFB. "Entretanto, uma aceleração de magnitude similar à do IPC-Fipe não é esperada para o IPCA de agosto, dada a abrangência nacional do este índice, que reduz o impacto no índice dos reajustes de tarifas em São Paulo. Projetamos variação de cerca de 0,28% para o IPCA de agosto (contra 0,20% em julho). Para o IPC-Fipe de setembro, nossa projeção preliminar indica variação de cerca de 0,6%", afirmam os analistas do banco em relatório desta quarta.
Além dos reajustes das tarifas, a alta é decorrente das menores quedas dos custos de alimentos. Os preços do grupo Habitação, que reúne as tarifas, subiram 2,01%, contra alta de 0,21% em julho. Alimentação teve baixa de 0,31%, após queda de 0,71% no mês anterior. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos. A Fipe, da Universidade de São Paulo, divulga os dados do IPC semanalmente.