O saldo da balança comercial brasileira desacelerou pelo segundo mês consecutivo. Em maio, a conta ficou em 3,028 bilhões de dólares, ante 3,097 bilhões em abril e 3,678 bilhões em março. O valor também ficou abaixo das expectativas do mercado. A consultoria GRC Visão, por exemplo, estimava um saldo de 3,4 bilhões, e o Banco Espírito Santo, de 4 bilhões. O ritmo de crescimento das importações superou o das exportações, reduzindo o desempenho comercial do país no mês passado.

As exportações somaram 10,275 bilhões de dólares, um crescimento de 4,8% sobre abril e de 4,6% sobre maio de 2005. Já as importações, que totalizaram 7,247 bilhões, apresentaram expansão mais forte: 8% sobre abril e 13,7% sobre o mesmo mês do ano passado. Maio contou com 22 dias úteis, diante de 21 do correspondente em 2005. A média de exportações por dia útil, 467 milhões de dólares, representou queda de 0,1% sobre o mesmo período de 2005, e de 14,3% sobre abril. Já a média diária de importações, 329,4 milhões, subiu 8,6% sobre maio e caiu 11,6% sobre abril.

No acumulado de janeiro a maio, as exportações alcançaram 49,466 bilhões de dólares, e as importações, 34,002 bilhões. O saldo comercial alcançou 15,464 bilhões de dólares. No acumulado de 12 meses encerrado em maio, o saldo comercial é de 44,578 bilhões, contra 38,072 bilhões do acumulado entre junho de 2004 e maio de 2005.

De acordo com o último relatório de mercado do Banco Central, as cerca de 50 instituições financeiras consultadas projetam um saldo de 40,5 bilhões para este ano. Para que a expectativa seja confirmada, seria necessário que o país mantivesse um saldo comercial mensal médio, entre junho e dezembro, de cerca de 3,5 bilhões de dólares.