O salário mínimo será de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026 (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 10h54.
Última atualização em 29 de dezembro de 2025 às 10h55.
O salário mínimo será de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026. O valor foi oficializado por decreto publicado no Diário Oficial da União e representa um reajuste de 6,79% sobre os atuais R$ 1.518.
O novo piso nacional afeta diretamente trabalhadores com carteira assinada, aposentados, pensionistas do INSS e beneficiários de programas como o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
O valor será pago a partir de fevereiro. O mínimo diário será de R$ 54,04, e o valor por hora, de R$ 7,37.
A fórmula adotada retoma a política de valorização do salário mínimo, usada entre 2007 e 2019, e interrompida nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, quando o reajuste seguia apenas a inflação.
A nova regra considera a inflação do ano anterior medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais o crescimento do PIB de dois anos antes.
No caso de 2026:
INPC acumulado até novembro de 2025: 4,18%
Crescimento do PIB em 2024: 3,4%
Com esses dois índices, o piso deveria ser reajustado para cerca de R$ 1.636. Mas o valor ficou abaixo disso. O motivo: uma lei aprovada em dezembro de 2024 limitou o ganho real a 2,5% acima da inflação, em linha com o arcabouço fiscal.
Além dos trabalhadores que recebem um salário mínimo, o valor também serve como base de cálculo para:
Aposentadorias e pensões do INSS
Beneficiários do BPC
Programas sociais vinculados ao piso