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S&P rebaixa novamente nota do Brasil, de BB+ para BB

Nota continua em perspectiva negativa e probabilidade de novo rebaixamento é maior do que 1 em 3; anúncio faz Ibovespa reduzir ganhos

A sede da Standard & Poor's, em Nova York (EMMANUEL DUNAND/AFP)

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 16h37.

São Paulo - A Standard & Poor's rebaixou hoje o rating em moeda estrangeira de longo prazo do Brasil de “BB+” para “BB”.

A nota continua em perspectiva negativa, o que significa uma "probabilidade maior que 1 em 3" de um novo rebaixamento, diz o comunicado.

A agência afirma que a correção de rumos da política fiscal e o ajuste continuam prejudicados pelo clima político e devem demorar mais do que o previsto, o que piora o perfil da dívida brasileira.

A previsão é que a média do déficit público seja de 6% entre 2016 e 2018, com a dívida pública atingindo 60% do PIB no final do período.

A agência também nota que a perspectiva de aprovar medidas necessárias e reformas (como a da Previdência) é problemática seja qual for o resultado do processo de impeachment.

A S&P foi a primeira a dar o grau de investimento para o Brasil (em abril de 2008) e a primeira a retirar (em setembro do ano passado).

Como a agência Fitch também rebaixou o Brasil em dezembro, apenas a Moody's mantém o Brasil como grau de investimento, ainda que a nota esteja em revisão para um possível corte.

Repercussão

O anúncio de hoje da S&P fez as ações do Ibovespa reduzirem os ganhos e tirou o índice das máximas de mais cedo, quando foi ajudado pela ampliação dos ganhos em Wall Street e dos preços de commodities, particularmente o petróleo.

Às 16:46, o Ibovespa subia 1,54%o, a 41.579,09 pontos. Na máxima, pouco antes do anúncio da S&P, o índice de referência do mercado acionário brasileiro chegou a subir 3,6%.

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A agência afirma que a correção de rumos da política fiscal e o ajuste continuam prejudicados pelo clima político e devem demorar mais do que o previsto, o que piora o perfil da dívida brasileira.

A previsão é que a média do déficit público seja de 6% entre 2016 e 2018, com a dívida pública atingindo 60% do PIB no final do período.

A agência também nota que a perspectiva de aprovar medidas necessárias e reformas (como a da Previdência) é problemática seja qual for o resultado do processo de impeachment.

A S&P foi a primeira a dar o grau de investimento para o Brasil (em abril de 2008) e a primeira a retirar (em setembro do ano passado).

Como a agência Fitch também rebaixou o Brasil em dezembro, apenas a Moody's mantém o Brasil como grau de investimento, ainda que a nota esteja em revisão para um possível corte.

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O anúncio de hoje da S&P fez as ações do Ibovespa reduzirem os ganhos e tirou o índice das máximas de mais cedo, quando foi ajudado pela ampliação dos ganhos em Wall Street e dos preços de commodities, particularmente o petróleo.

Às 16:46, o Ibovespa subia 1,54%o, a 41.579,09 pontos. Na máxima, pouco antes do anúncio da S&P, o índice de referência do mercado acionário brasileiro chegou a subir 3,6%.

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