Carne: para economista, preços ao consumidor receberão influências altistas, principalmente de carnes, cujo repasse de preços ocorre com certa defasagem (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2014 às 15h30.
Rio - O resultado do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março, de alta de 1,48% ante fevereiro, foi considerado positivo, na avaliação do economista Leonardo França Costa, da Rosenberg & Associados.
"Os preços agropecuários vieram menores do que o esperado. Agora, temos de observar o comportamento das commodities para saber se vai ter nova fonte de pressão", disse Costa, que esperava alta de 1,71% para o IGP-DI.
Para as próximas apurações, os IGPs devem estabilizar no patamar atual ou desacelerar, mas influenciados apenas pelos preços no atacado.
Isso porque, segundo o economista, os preços ao consumidor receberão influências altistas, principalmente de carnes, cujo repasse de preços ocorre com certa defasagem.
O avanço nas carnes inclusive será uma fonte de pressão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, cujo resultado será conhecido nesta quarta-feira (09). "As carnes desaceleraram em fevereiro, mas isso não deve se repetir", comenta Costa.
Os alimentos in natura devem atingir seu pico de preços e também devem contribuir para o aumento da inflação, acrescentou o economista.
A previsão da Rosenberg é de que o IPCA fique em 0,85% em março, após ter registrado alta de 0,69% em fevereiro. Em abril, a alimentação segue como provável fonte de pressão para a inflação, principalmente em função de aves, ovos e bovinos, acrescentou Costa.