Banco Central: o balanço informa que o resultado líquido obtido com reservas internacionais foi positivo em R$ 83,4 bilhões no primeiro semestre deste ano (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2015 às 07h37.
Brasília - O balanço de demonstrações financeiras do Banco Central no primeiro semestre deste ano, aprovado nesta quinta-feira, 27, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), aponta que o resultado positivo de R$ 35,2 bilhões no período foi o maior alcançado para qualquer semestre desde 2008.
O balanço informa que o resultado líquido obtido com reservas internacionais foi positivo em R$ 83,4 bilhões no primeiro semestre deste ano.
De acordo com o documento, a diferença entre as perdas com operações de swap cambial e os ganhos com reservas internacionais deixa o saldo positivo em R$ 46,4 bilhões.
O chefe do departamento de contabilidade e execução financeira do BC, Eduardo de Lima Rocha, informou que a taxa de câmbio usada na contabilidade saiu de R$ 2,6549 no fechamento do segundo semestre de 2014 para R$ 3,1023 no fechamento das contas do primeiro semestre deste ano, o que representa uma alta de 16,81%.
Rocha informou que o resultado positivo do Banco Central mais as operações cambiais, que somam R$ 81,59 bilhões, será transferido para o Tesouro Nacional em até dez dias úteis.
Segundo ele, o valor é exclusivamente para abatimento da dívida e não pode ser usado para compor o resultado fiscal.
Segundo o balanço divulgado, o BC ainda tem a receber do Banco Nacional, do Econômico e do Banorte R$ 23,9 bilhões.
No primeiro semestre deste ano, as três instituições pagaram R$ 1,5 bilhão da dívida que têm com a autoridade monetária. Rocha afirmou que as instituições têm quitado em dia as parcelas dessa fatura.
O representante do BC destacou ainda que foram divulgados todos os balanços anuais do banco desde 1965, inclusive o da abertura da instituição.
O BC informa que o resultado é explicado pela diferença entre receitas e despesas com juros incidentes sobre as operações em moeda local, como operações com títulos em carteira e compromissadas, remuneração da conta única do Tesouro e remuneração de depósitos compulsórios, além do reembolso pelo Tesouro do custo de captação das reservas internacionais.