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Renováveis devem destronar combustíveis fósseis em 2030

Em 2014, as energias renováveis responderam por quase metade de todas as novas usinas construídas no mundo

AIE: 60 por cento dos novos investimentos em energia está sendo canalizando em projetos renováveis (Thinckstock/Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 10h33.

São Paulo - No ano passado, as energias renováveis responderam por quase metade de todas as novas usinas construídas no mundo, segundo relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE).

De acordo com o World Energy Outlook 2015, a energia verde é o segundo maior gerador de eletricidade do mundo, com potencial de destronar os combustíveis fósseis até 2030.

Segundo o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, o relatório é um indicativo da consolidação da indústria de energia renovável. "Ela não é mais um nicho, tornou-se um combustível mainstream", disse ele ao jornal The Guardian.

O estudo aponta que 60 por cento de todos os novos investimentos em energia está sendo canalizando em projetos de geração renovável, apesar dos US$ 490 bilhões em subsídios que os combustíveis fósseis receberam no ano passado.

A inclinação do mundo para fontes de energia mais limpas é um sinal promissor que chega a poucas semanas da cúpula do clima da ONU em Paris, onde diplomatas de quase 200 países vão elaborar um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases-estufa.

Apesar do crescimento, as energias renováveis continuam a representar apenas uma pequena fração do consumo de energia global. Muito mais deve ser feito para descarbonizar o fornecimento de energia global, advertem os analistas a Agência.

Seu ritmo de expansão precisa acelerar se quisermos evitar os piores efeitos das mudanças climáticas associados a um aumento superior a 2ºC na temperatura do Planeta.

Para se ter ideia, um estudo divulgado nesta quinta-feira (12) mostra que os governos dos principais países industrializados fornecem mais de US$ 450 bilhões por ano para apoiar a produção de combustíveis fósseis.

Isso é quase quatro vezes os subsídios mundiais para a expansão das energias renováveis, que totalizou US$ 121 bilhões em 2013, segundo dados da AIE.

São Paulo - A China continua, invicta, no topo do ranking de países mais atraentes para energias renováveis no mundo. Só no ano passado, nada menos do que 90 bilhões de dólares foram investidos na diversificação da matriz energética do país a partir de fontes mais limpas. Tal volume representa quase um terço do total investido em renováveis em todo o mundo no período, que atingiu vultosos 300 bilhões de dólares. Os dados são da edição mais recente do Renewable Energy Country Atractiveness Index (RECAI). Atualizado trimestralmente pela Ernst & Young (EY), o ranking avalia as barreiras e oportunidades para os investidores externos acessarem o mercado de fontes renováveis em 40 países. No ranking mundial, o Brasil permanece em 9º lugar, consolidando sua posição como um dos principais destinos de investimentos do mundo e o mais atrativo na América Latina.  A metodologia adotada para calcular a pontuação considera o grau de estabilidade macroeconômica, ambiente para negócios, priorização para as fontes renováveis, condições de financiamentos para empreendimentos e atratividade dos projetos.  Segundo a consultoria, a atual volatilidade dos preços do petróleo e os desafios geopolíticos reforçam a importância da diversificação energética como um meio dos países alcançarem maior segurança energética. Clique nas fotos e veja o desempenho das nações que ocupam os 10 primeiros lugares e a posição nos rankings por fontes de energia.
  • 2. 1. China

    2 /12(Getty Images)

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    Pontuação total75,6
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)
    Biomassa
    Geotérmica13º
    Hidrelétrica
    Marinha16º
  • 3. 2. Estados Unidos

    3 /12(Getty Images)

  • Pontuação total73,3
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)
    Biomassa
    Geotérmica
    Hidrelétrica
    Marinha
  • 4. 3. Alemanha

    4 /12(Getty Images)

    Pontuação total66,3
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)27º
    Biomassa
    Geotérmica
    Hidrelétrica10º
    Marinha27º
  • 5. 4. Japão

    5 /12(Wikimedia Commons)

    Pontuação total64,5
    Ranking geral
    Eólica em terra13º
    Eólica em mar
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)27º
    Biomassa
    Geotérmica
    Hidrelétrica
    Marinha10º
  • 6. 5. India

    6 /12(Getty Images)

    Pontuação total62,1
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar17º
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)
    Biomassa15º
    Geotérmica14º
    Hidrelétrica
    Marinha11º
  • 7. 6. Canadá

    7 /12(Wikimedia Commons)

    Pontuação total59,8
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar11º
    Solar fotovoltaica (PV)12º
    Solar concentrada (CSP)23º
    Biomassa13º
    Geotérmica18º
    Hidrelétrica
    Marinha
  • 8. 7. França

    8 /12(Wikimedia Commons)

    Pontuação total58,9
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)27º
    Biomassa
    Geotérmica15º
    Hidrelétrica15º
    Marinha
  • 9. 8. Reino Unido

    9 /12(Getty Images)

    Pontuação total58,5
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar
    Solar fotovoltaica (PV)10º
    Solar concentrada (CSP)27º
    Biomassa
    Geotérmica19º
    Hidrelétrica24º
    Marinha
  • 10. 9. Brasil

    10 /12(Apu Gomes/Folhapress)

    Pontuação total56,7
    Ranking geral
    Eólica em terra
    Eólica em mar25º
    Solar fotovoltaica (PV)11º
    Solar concentrada (CSP)
    Biomassa
    Geotérmica32º
    Hidrelétrica
    Marinha24º
  • 11. 10. Austrália

    11 /12(Wikimedia Commons)

    Pontuação total56,0
    Ranking geral10º
    Eólica em terra18º
    Eólica em mar18º
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)
    Biomassa20º
    Geotérmica11º
    Hidrelétrica25º
    Marinha12º
  • 12. Berços de inovação

    12 /12(Connie Zhou/Google)

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