Renda do camponês paulista cresce acima da média nacional
O aumento foi 35,6%, superando a taxa de crescimento da renda nas cidades paulistas (8,5%) e brasileiras (23,5%)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 16h07.
São Paulo - Apesar de concentrar apenas 5,5% da população nas zonas rurais, bem abaixo da média nacional de 15,6%, o estado de São Paulo registrou crescimento da renda per capita no campo acima da média brasileira, em 2009, no comparativo com 2001. O aumento foi 35,6%, superando a taxa de crescimento da renda nas cidades paulistas (8,5%) e brasileiras (23,5%).
Os dados constam do estudo Situação Social nos Estados - São Paulo, divulgado hoje pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann.
Mas, de acordo com o estudo, quando somadas as rendas per capita rural e urbana , porém, detecta-se que o ritmo de crescimento foi inferior ao constatado na Região Sudeste e em nível nacional. Enquanto no Brasil o ganho médio passou de R$ 511,5 em 2001 para R$ 637,7 em 2009 (+ 23,5%), na Região Sudeste o valor subiu de R$ 647,5 para R$ 759,5 (+ 17,3%) e no estado de São Paulo de R$ 738,2 para R$ 806,9 (+ 9,3%).
“Nos observamos que o aumento da renda no campo foi muito importante para suavizar a condição de pobreza extrema na população rural. Também foi importante a queda do desemprego e o aumento da transferência de renda para as famílias de uma maneira geral, que permitiram a elas ter uma renda acima da linha de miséria”, disse Pochmann. A classificação de extrema pobreza foi dada àqueles que têm renda per capita inferior a R$ 67,07.
Em 2001, 4,2% dos paulistas eram considerados extremamente pobres, percentual que caiu , praticamente, à metade, atingindo 2% em 2009. No Sudeste, passou de 5,6% para 2,3%, enquanto, no país, caiu de 10,5% para 5,2%. O economista alertou, no entanto, que a modernização da atividade agrícola, com máquinas que substituem a mão de obra não qualificada, mantém a tendência de aumento do desemprego rural.
O estudo foi feito com base em levantamentos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de outras fontes que registram indicadores sociais como demografia, Previdência Social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, cultura, saneamento e habitação.
No que se refere à taxa de desemprego, no entanto, a queda foi inferior à média da região e do país, passando de 10,8% para 9,3%. Na Região Sudeste decresceu de 10,5% para 8,6% e, no Brasil, de 9,2% para 8,2%. Segundo Pochmann, no período entre 2008 e 2009, houve um agravamento na situação do emprego, com a taxa passando 7,8% para 9,3%.
Para o economista, há a necessidade de se investir na qualificação da mão de obra. Ele também reconhece o risco de a economia regional ser afetada pela crise nos Estados Unidos e na Europa, apontando que São Paulo responde por um quarto da produção industrial do país.
De acordo com a análise do presidente do Ipea, a melhoria das condições socioeconômica contribuíram para reduzir, acima da média nacional, o índice de violência no estado. Em cada grupo de 100 mil habitantes, ocorreram 52,3 casos em 2007 ante 164,9 em 2001. Na mesma base de comparação, no país, foram 94,3 ante 101,4.
São Paulo - Apesar de concentrar apenas 5,5% da população nas zonas rurais, bem abaixo da média nacional de 15,6%, o estado de São Paulo registrou crescimento da renda per capita no campo acima da média brasileira, em 2009, no comparativo com 2001. O aumento foi 35,6%, superando a taxa de crescimento da renda nas cidades paulistas (8,5%) e brasileiras (23,5%).
Os dados constam do estudo Situação Social nos Estados - São Paulo, divulgado hoje pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann.
Mas, de acordo com o estudo, quando somadas as rendas per capita rural e urbana , porém, detecta-se que o ritmo de crescimento foi inferior ao constatado na Região Sudeste e em nível nacional. Enquanto no Brasil o ganho médio passou de R$ 511,5 em 2001 para R$ 637,7 em 2009 (+ 23,5%), na Região Sudeste o valor subiu de R$ 647,5 para R$ 759,5 (+ 17,3%) e no estado de São Paulo de R$ 738,2 para R$ 806,9 (+ 9,3%).
“Nos observamos que o aumento da renda no campo foi muito importante para suavizar a condição de pobreza extrema na população rural. Também foi importante a queda do desemprego e o aumento da transferência de renda para as famílias de uma maneira geral, que permitiram a elas ter uma renda acima da linha de miséria”, disse Pochmann. A classificação de extrema pobreza foi dada àqueles que têm renda per capita inferior a R$ 67,07.
Em 2001, 4,2% dos paulistas eram considerados extremamente pobres, percentual que caiu , praticamente, à metade, atingindo 2% em 2009. No Sudeste, passou de 5,6% para 2,3%, enquanto, no país, caiu de 10,5% para 5,2%. O economista alertou, no entanto, que a modernização da atividade agrícola, com máquinas que substituem a mão de obra não qualificada, mantém a tendência de aumento do desemprego rural.
O estudo foi feito com base em levantamentos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de outras fontes que registram indicadores sociais como demografia, Previdência Social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, cultura, saneamento e habitação.
No que se refere à taxa de desemprego, no entanto, a queda foi inferior à média da região e do país, passando de 10,8% para 9,3%. Na Região Sudeste decresceu de 10,5% para 8,6% e, no Brasil, de 9,2% para 8,2%. Segundo Pochmann, no período entre 2008 e 2009, houve um agravamento na situação do emprego, com a taxa passando 7,8% para 9,3%.
Para o economista, há a necessidade de se investir na qualificação da mão de obra. Ele também reconhece o risco de a economia regional ser afetada pela crise nos Estados Unidos e na Europa, apontando que São Paulo responde por um quarto da produção industrial do país.
De acordo com a análise do presidente do Ipea, a melhoria das condições socioeconômica contribuíram para reduzir, acima da média nacional, o índice de violência no estado. Em cada grupo de 100 mil habitantes, ocorreram 52,3 casos em 2007 ante 164,9 em 2001. Na mesma base de comparação, no país, foram 94,3 ante 101,4.