Economia

Relator apresenta parecer da reforma da Previdência dia 18

Em rápida entrevista, o presidente da Comissão Especial da reforma disse que a comissão votará o texto na última semana de abril

Deputado Carlos Marun (Lucio Bernardo Junior/Agência Câmara)

Deputado Carlos Marun (Lucio Bernardo Junior/Agência Câmara)

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Reuters

Publicado em 12 de abril de 2017 às 19h00.

Última atualização em 12 de abril de 2017 às 20h42.

Brasília - Os prazos da reforma da Previdência estão mantidos e não se pode permitir que a lista de políticos que serão investigados pelo STF divulgada na véspera atrapalhe o andamento dos trabalhos no Legislativo, disse nesta quarta-feira o presidente da Comissão Especial da reforma, deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

Em rápida entrevista a jornalistas, Marun disse que o relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) vai apresentar seu parecer na próxima terça-feira, para que seja votado pela comissão na última semana de abril.

"Não podemos permitir que a divulgação de uma lista autorizando a abertura de inquéritos venha a prejudicar o andamento dos trabalhos aqui na Casa", disse Marun, pouco antes de se dirigir para uma reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o relator da proposta, e o secretário da Previdência, Marcelo Caetano.

"Esta mantida a votação na comissão na última semana de abril", afirmou, acrescentando que o relatório deve ser apresentado na terça-feira, inicialmente a integrantes da base, e depois à comissão.

O deputado, que conversou nesta quarta-feira com o presidente Michel Temer sobre o calendário, disse que não se cogitou que "questões inerentes a essa lista viessem a prejudicar o cronograma inicialmente estabelecido".

Segundo o presidente da comissão, ainda há pontos da reforma em discussão, fruto de demandas de parlamentares da base, muitos deles sendo incorporados pelo texto.

"O relator, que participou hoje, participou ontem e está participando de diversas reuniões tem agora diversas opções com vários resultados, e cabe a ele efetivamente definir no detalhe as medidas que estão sendo aí elencadas", afirmou.

Marun aproveitou para afirmar que o número de deputados a serem investigados, quase 40, não teria o poder de impedir o funcionamento do Legislativo.

"Não é um número assim que paralisaria por si só os trabalhos aqui na Casa."

Além dos deputados, a lista do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, inclui oito ministros, governadores, e outras autoridades.

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