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Reino Unido quer dobrar negociações comerciais com Brasil

Expectativa de incremento comercial se estende à Colômbia e ao México como uma das estratégias do Reino Unido para estreitar laços com países latino-americanos

O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague: “Nós somos o quarto maior investidor no Brasil hoje" (Gianluigi Guercia/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 18h30.

Rio de Janeiro – No último dia da visita oficial ao Brasil, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, reafirmou hoje, no Rio de Janeiro, a meta de dobrar as negociações comerciais com o Brasil até 2015.

A mesma expectativa de incremento comercial se estende à Colômbia e ao México como uma das estratégias do Reino Unido para estreitar laços com países latino-americanos, em vários setores.

“Nós somos o quarto maior investidor no Brasil hoje. Nossas exportações para o Brasil cresceram 23% em 2010 e 9%, em 2011. Companhias britânicas como a British Gas, British Petroleum, Rolls Royce e Shell vêm investindo muito no país, principalmente no Rio”, disse Hague, destacando o interesse especial na relação com o Brasil, reconhecendo a importância que o país assumiu no cenário político e econômico mundial.

Nos últimos 18 meses, ministros britânicos fizeram 37 visitas ao continente. A metade dessas viagens oficiais teve o Brasil como destino. Hague ainda garantiu que a economia do Reino Unido, afetada pela crise europeia, não será recuperada a partir da exploração de nações mais pobres. “Estamos mostrando isso, através das nossas ações”, disse o chanceler britânico.

No pronunciamento feito depois de um almoço oferecido pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, para tratar da preparação do estado do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, o ministro britânico também voltou a defender a posição do Reino Unido em questões diplomáticas.

Hague reiterou a postura da Inglaterra na disputa pelas Ilhas Malvinas com a Argentina e também destacou a posicionamento do governo britânico favorável ao desarmamento nuclear, assim como a defesa de uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas com a garantia de um assento permanente para o Brasil.


Para o chanceler, o Brasil se destaca pela expansão diplomática que vem construindo e pela forte defesa dos direitos humanos, que, segundo ele, também é prioritária para o Reino Unido.

Hague disse que o Brasil e o Reino Unido comungam uma séria de valores, mas ponderou que nem sempre duas nações seguem o mesmo caminho, lembrando do caso da Líbia, no ano passado, quando seu país mostrou-se a favor da ação militar no país.

“Na Líbia, a força militar limitada foi usada para proteger os civis e civis povoadas sob ameaça de ataque e para implementar uma zona de exclusão aérea. Foi uma ação necessária”, disse o chanceler, acrescentando que “a ação militar é sempre um último recurso. Mas quando a vida humana está ameaçada e medidas pacíficas falham, nós temos que estar preparados para intervir da melhor maneira, de forma rápida e decisiva”.

Ele também anunciou que o príncipe Harry estará, no Rio de Janeiro, em março, para lançar a campanha Great, criada para promover a imagem do Reino Unido mundialmente.

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Rio de Janeiro – No último dia da visita oficial ao Brasil, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, reafirmou hoje, no Rio de Janeiro, a meta de dobrar as negociações comerciais com o Brasil até 2015.

A mesma expectativa de incremento comercial se estende à Colômbia e ao México como uma das estratégias do Reino Unido para estreitar laços com países latino-americanos, em vários setores.

“Nós somos o quarto maior investidor no Brasil hoje. Nossas exportações para o Brasil cresceram 23% em 2010 e 9%, em 2011. Companhias britânicas como a British Gas, British Petroleum, Rolls Royce e Shell vêm investindo muito no país, principalmente no Rio”, disse Hague, destacando o interesse especial na relação com o Brasil, reconhecendo a importância que o país assumiu no cenário político e econômico mundial.

Nos últimos 18 meses, ministros britânicos fizeram 37 visitas ao continente. A metade dessas viagens oficiais teve o Brasil como destino. Hague ainda garantiu que a economia do Reino Unido, afetada pela crise europeia, não será recuperada a partir da exploração de nações mais pobres. “Estamos mostrando isso, através das nossas ações”, disse o chanceler britânico.

No pronunciamento feito depois de um almoço oferecido pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, para tratar da preparação do estado do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, o ministro britânico também voltou a defender a posição do Reino Unido em questões diplomáticas.

Hague reiterou a postura da Inglaterra na disputa pelas Ilhas Malvinas com a Argentina e também destacou a posicionamento do governo britânico favorável ao desarmamento nuclear, assim como a defesa de uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas com a garantia de um assento permanente para o Brasil.


Para o chanceler, o Brasil se destaca pela expansão diplomática que vem construindo e pela forte defesa dos direitos humanos, que, segundo ele, também é prioritária para o Reino Unido.

Hague disse que o Brasil e o Reino Unido comungam uma séria de valores, mas ponderou que nem sempre duas nações seguem o mesmo caminho, lembrando do caso da Líbia, no ano passado, quando seu país mostrou-se a favor da ação militar no país.

“Na Líbia, a força militar limitada foi usada para proteger os civis e civis povoadas sob ameaça de ataque e para implementar uma zona de exclusão aérea. Foi uma ação necessária”, disse o chanceler, acrescentando que “a ação militar é sempre um último recurso. Mas quando a vida humana está ameaçada e medidas pacíficas falham, nós temos que estar preparados para intervir da melhor maneira, de forma rápida e decisiva”.

Ele também anunciou que o príncipe Harry estará, no Rio de Janeiro, em março, para lançar a campanha Great, criada para promover a imagem do Reino Unido mundialmente.

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