Economia

Reforma da Previdência prevê idade mínima, diz Meirelles

"A sistemática atual é insustentável e injusta ao conceder privilégios a pequenos grupos, sobrecarregando toda a sociedade", afirmou o ministro

Meirelles: "quando o Estado começa a crescer muito, ele começa a impedir o crescimento econômico, independentemente do nível de eficácia", disse o ministro (Paulo Whitaker/Reuters)

Meirelles: "quando o Estado começa a crescer muito, ele começa a impedir o crescimento econômico, independentemente do nível de eficácia", disse o ministro (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 18h17.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira, 1, que a reforma da Previdência que vem sendo desenhada pelo governo prevê o estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria e a redução da disparidade de regimes.

"A sistemática atual é insustentável e injusta ao conceder privilégios a pequenos grupos, sobrecarregando toda a sociedade", afirmou o ministro, em evento na Fiesp, em São Paulo. Meirelles disse ainda que a reforma garantirá o direito do trabalhador de receber sua aposentadoria "na data certa".

A reforma da Previdência foi colocada aos participantes do evento como uma medida necessária para o controle da trajetória da dívida pública. "A história mostrou, mais uma vez, que o Estado não pode resolver tudo", disse.

"Quando o Estado começa a crescer muito, ele começa a impedir o crescimento econômico, independentemente do nível de eficácia", disse o ministro.

Outras medidas necessárias para realizar o ajuste fiscal, disse Meirelles, são a aprovação da PEC do Teto dos Gastos, a concessão de assistência social "para aqueles que realmente precisam" e a redução da rigidez do orçamento público, com a desvinculação e desindexação dos gastos.

Ele ressaltou, inclusive, que a principal contribuição para o aumento da despesa pública vem da Previdência e da assistência social.

"O céu não é o limite", disse o ministro. "Num certo momento as sociedades não conseguem mais pagar o crescimento da despesa pública", acrescentou.

"Existem casos de sociedades muito poderosas que fracassaram porque faliram, porque não conseguiram financiar despesa pública", ressaltou.

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