A semana dos mercados brasileiros se encerra com investidores apreensivos com as condições da economia americana. Nos últimos dias, a divulgação de vários indicadores sugeriu uma desaceleração do crescimento do país. Hoje (13/09), serão divulgados mais índices, que devem confirmar ou não a retração. "A combinação dos últimos indicadores de atividade divulgados põe em xeque novamente o vigor da economia americana", afirmam os analistas do BBV Banco.

Ontem, o índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York teve forte queda de 2,35%. A Nasdaq acumulou perdas de 2,72%. As perdas foram impulsionadas por dois índices: os pedidos de auxílio-desemprego saltaram para 426.000, um aumento de 4,71% em relação à última semana de agosto e o saldo em conta corrente (resultado de todas as transações econômicas dos EUA com o exterior) no segundo trimestre teve um déficit de 130 bilhões de dólares, acima da expectativa do mercado, que era de 125 bilhões.

Hoje, será conhecido o índice de confiança do consumidor (da Universidade de Michigan). O mercado espera que ele fique em 88 pontos, abaixo do medido no mês de agosto. Com a queda da confiança, a tendência é que as companhias americanas adiem novas decisões de investimento -- o que significa menor crescimento econômico.

Além disso, também serão divulgados o índice de preços ao produtor de agosto (expectativa de 0,2%) e as vendas ao varejo, também de agosto. Este último é o que mais preocupa o mercado: espera-se um índice negativo de 0,1%. Se o varejo comprou menos, foi porque os lojistas não conseguiram vender e esvaziar seus estoques. Mais um sinal de economia parada.

Indicadores brasileiros

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publica sua pesquisa mensal do comércio, com dados de agosto. De acordo com alguns analistas, dados paralelos do comércio varejista em São Paulo apontam para uma retração das vendas de bens de consumo duráveis, semi-duráveis e não-duráveis.