Economia

Recuperação de transporte aéreo de carga depende da eurozona

Demanda global de cargas cresceu em 2 por cento em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado


	Avião decolando: dados oficiais mostraram um declínio de 6,2 por cento no tráfego de cargas em fevereiro, mas isto foi severamente impactado pelo ano bissexto em 2012
 (Wikimedia Commons/EXAME.com)

Avião decolando: dados oficiais mostraram um declínio de 6,2 por cento no tráfego de cargas em fevereiro, mas isto foi severamente impactado pelo ano bissexto em 2012 (Wikimedia Commons/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 09h39.

Ganebra - O mercado global de cargas aéreas deve prolongar sua lenta recuperação, a menos que um novo golpe contra a confiança partindo da zona do euro reverta a tendência, afirmou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), nesta terça-feira.

A Iata disse que a demanda global de cargas cresceu em 2 por cento em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado após ajustes de calendário.

"Estas são notícias bem-vindas, depois de dois anos consecutivos de contração", disse o presidente-executivo da Iata, Tony Tyler, em um comunicado. "São notícias ainda melhores que este crescimento deve progredir moderadamente ao longo do ano. Porém, as melhorias não podem ser dadas como certas. Eventos no Chipre nos lembraram de que a crise na zona do euro está longe de ter acabado."

A Iata informou que dados oficiais mostraram um declínio de 6,2 por cento no tráfego de cargas em fevereiro, mas isto foi severamente impactado pelo ano bissexto em 2012, e pela mudança de data do Ano Novo Lunar da Ásia, um período em que tradicionalmente as fábricas fecham na China.

Entretanto, o volume menor não foi acompanhado por um mesmo corte na capacidade, o que significa que aviões viajaram com mais espaço de cargas vazio do que em janeiro. O uso de capacidade de carga foi 0,8 por cento menor em fevereiro do que no mês anterior, disse a Iata.

Pesquisas de confiança de empresários sugerem que a demanda por frete aéreo irá ganhar com o aumento da atividade manufatureira nos próximos meses, porém previsões similares em 2011 e 2012 não se concretizaram com a intensificação dos problemas na zona do euro, e o mesmo risco assombra os recentes sinais de recuperação, disse a Iata.

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