Queda do emprego reflete baixa produção, diz Borges
Ministro Mauro Borges destacou que a perda do emprego industrial no Brasil, desde 2008, ficou abaixo da registrada em outros países
Mauro Borges: “Temos, nos países desenvolvidos, de 2008 até aqui, uma queda do emprego industrial em torno de 15% a 20%. No Brasil, essa perda de emprego, é 2,5% em média" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
12 de novembro de 2014, 16h12
Brasília - A queda no emprego industrial divulgada, hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), reflete o baixo nível da produção este ano, avalia o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges. Ele disse esperar recuperação para o próximo ano.
Borges destacou que a perda do emprego industrial no Brasil, desde 2008, ficou abaixo da registrada em outros países. “Temos, nos países desenvolvidos, nesse período de crise, de 2008 até aqui, uma queda do emprego industrial em torno de 15% a 20%. Isso, sem pegar países fora da curva como Espanha e China. No Brasil, essa perda de emprego, é 2,5% em média, somando todo o período”.
O ministro acredita em recuperação da atividade do setor industrial em 2015. “Acredito que com a desova em uma escala maior da infraestrutura, no ano que vem, a atividade industrial vai voltar positiva, e, evidentemente, o emprego industrial”, comentou.
Mauro Borges disse que o Plano Brasil Maior - estratégia do governo para estimular a indústria - contribuiu para defender o setor da crise econômica. “Teve uma parte importante, defensiva, que foi absolutamente fundamental para evitar uma grave crise de redução do emprego industrial, redução da produção industrial brasileira”, declarou.
Borges disse que o Programa Inova Empresa, que faz parte do Plano Brasil Maior, fechou contratos de aproximadamente R$ 28 bilhões, dos R$ 32,9 bilhões previstos em recursos, de acordo com balanço do programa, apresentado na última segunda-feira (10), na reunião do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidido por ele.
O ministro comentou ainda a situação do câmbio. Na semana passada, o dólar fechou a R$ 2,56 pela primeira vez em nove anos. Segundo ele, a estabilidade do câmbio é mais importante para as exportações do que o dólar em alta.
"A partir de R$ 2,40, temos um câmbio competitivo. É obvio que do ponto de vista do desempenho exportador, um câmbio de R$ 2,50 é melhor do que de R$ 2,40, mas, melhor do que nível, é estabilidade cambial".
Mauro Borges deu as declarações durante o seminário Indústria para Quê? - Temas, Perspectivas, Instituições e Políticas, organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, presidida por ele.
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