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Queda do dólar pode prejudicar exportações, diz Fiesp

Entretanto, o especialista acredita que o câmbio deve voltar a apreciar e chegar por volta de R$ 3,70 até o final do ano

Dólar: "R$ 3,70 é um câmbio de equilíbrio. Se não é ideal, é razoável" (Thinkstock/FogStock/Vico Images/Tamara Lischka)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2016 às 18h31.

São Paulo - A queda do dólar abaixo dos R$ 3,40 preocupa a indústria, principalmente porque pode prejudicar as exportações nacionais, avalia o diretor do Departamento de Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto.

Entretanto, o especialista acredita que o câmbio deve voltar a apreciar e chegar por volta de R$ 3,70 até o final do ano, depois de passado o cenário de turbulência política.

Segundo ele, é necessário monitorar o comportamento do câmbio nos próximos períodos, devido à "função vital" que ele vem exercendo nas exportações.

"R$ 3,70 é um câmbio de equilíbrio. Se não é ideal, é razoável", declarou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A Fiesp nesta quarta-feira, 8, divulgou o Coeficiente de Exportação (CE) da Indústria da Transformação nacional, que mede a proporção da produção que é exportada, que fechou o primeiro trimestre em 21%, aumento de 1,4 ponto porcentual na comparação com os últimos três meses de 2015, e o Coeficiente de Importação (CI), que avalia a proporção dos produtos consumidos internamente que é importada, também teve alta na mesma base de comparação, de 0,3 ponto, para 19,2%.

Conforme Zanotto, os porcentuais devem ficar estáveis no segundo semestre, porque as variáveis que influenciam os indicadores não terão "mudanças dramáticas" no período.

Para ele, as empresas continuarão direcionando suas vendas para o mercado externo diante da fraca demanda interna.

"As exportações não serão a 'salvação da pátria', mas com certeza elas segurarão para que não haja um ambiente pior para a economia nacional", declarou, citando que, apesar do potencial, os negócios no comércio exterior serão ainda tímidos, devido a uma demanda externa "de lado".

Já da parte das importações, Zanotto vê que não há espaço para uma retomada, já que há uma capacidade ociosa grande das indústrias nacionais, que pode suprir uma eventual demanda com aumento de produção interna.

Zanotto destacou a relevância que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) passou a tomar no governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB).

"A arbitragem agora será num nível mais alto", disse. O diretor do Derex ainda comentou que o ministro das Relações Exteriores (MRE), José Serra (PSDB), poderia implantar política estratégica de comércio exterior que reflita bem o que já foi apresentado no Plano Nacional de Exportações, do governo Dilma Rousseff (PT).

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São Paulo - A queda do dólar abaixo dos R$ 3,40 preocupa a indústria, principalmente porque pode prejudicar as exportações nacionais, avalia o diretor do Departamento de Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto.

Entretanto, o especialista acredita que o câmbio deve voltar a apreciar e chegar por volta de R$ 3,70 até o final do ano, depois de passado o cenário de turbulência política.

Segundo ele, é necessário monitorar o comportamento do câmbio nos próximos períodos, devido à "função vital" que ele vem exercendo nas exportações.

"R$ 3,70 é um câmbio de equilíbrio. Se não é ideal, é razoável", declarou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A Fiesp nesta quarta-feira, 8, divulgou o Coeficiente de Exportação (CE) da Indústria da Transformação nacional, que mede a proporção da produção que é exportada, que fechou o primeiro trimestre em 21%, aumento de 1,4 ponto porcentual na comparação com os últimos três meses de 2015, e o Coeficiente de Importação (CI), que avalia a proporção dos produtos consumidos internamente que é importada, também teve alta na mesma base de comparação, de 0,3 ponto, para 19,2%.

Conforme Zanotto, os porcentuais devem ficar estáveis no segundo semestre, porque as variáveis que influenciam os indicadores não terão "mudanças dramáticas" no período.

Para ele, as empresas continuarão direcionando suas vendas para o mercado externo diante da fraca demanda interna.

"As exportações não serão a 'salvação da pátria', mas com certeza elas segurarão para que não haja um ambiente pior para a economia nacional", declarou, citando que, apesar do potencial, os negócios no comércio exterior serão ainda tímidos, devido a uma demanda externa "de lado".

Já da parte das importações, Zanotto vê que não há espaço para uma retomada, já que há uma capacidade ociosa grande das indústrias nacionais, que pode suprir uma eventual demanda com aumento de produção interna.

Zanotto destacou a relevância que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) passou a tomar no governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB).

"A arbitragem agora será num nível mais alto", disse. O diretor do Derex ainda comentou que o ministro das Relações Exteriores (MRE), José Serra (PSDB), poderia implantar política estratégica de comércio exterior que reflita bem o que já foi apresentado no Plano Nacional de Exportações, do governo Dilma Rousseff (PT).

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