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Queda de matérias-primas é maior risco ao crescimento da AL

Os especialistas consideraram que a queda nos preços destes produtos representa o maior risco para a estabilidade do crescimento da região.

Agricultura: analistas destacaram a forte dependência que a América Latina tem da China (Ty Wright/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 15h53.

Santiago do Chile - Analistas reunidos em um encontro de alto nível do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), no Chile, afirmaram que a queda das matérias-primas pesará mais no desempenho econômico da América Latina do que o fim do estímulo monetário dos Estados Unidos.

Reunidos no painel "Manejo de Riscos para Proteger o Crescimento", os analistas destacaram a forte dependência que a região tem da China, devido ao país ser o principal consumidor das matérias-primas da América Latina.

Os especialistas consideraram que a queda nos preços destes produtos representa o maior risco para a estabilidade do crescimento da região.

Carmen Reinhart, professora da Universidade de Harvard, disse que não é provável que uma alta das taxas de juros nos Estados Unidos tenha um impacto potencialmente alto na região como está tendo a queda das matérias-primas.

A professora também afirmou que no período de expansão da região muitas economias estavam chegando aos seu limite de capacidade de crescimento e, por isso, para retomar um ritmo mais acelerado é preciso realizar reformas estruturais que aumentem a capacidade produtiva.

Huang Haizhou, diretor-gerente da China International Corporation, destacou que o país asiático estabilizou seu crescimento em torno de 7%, número inferior aos dois dígitos registrados na última década, mas seguirá tendo um alto peso na expansão da economia mundial.

O especialista argumentou que a relação comercial do gigante asiático com a região é permanente e se manterá dessa forma inclusive no processo de transição que vive a economia chinesa, de um crescimento mais baseado no consumo para mais investimento.

Sobre o ciclo de baixa nas matérias-primas não houve concordância de quão profundo será nem por quanto tempo se estenderá.

"Pode ser mais suave, porém mais permanente", opinou Reinhart.

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Carmen Reinhart, professora da Universidade de Harvard, disse que não é provável que uma alta das taxas de juros nos Estados Unidos tenha um impacto potencialmente alto na região como está tendo a queda das matérias-primas.

A professora também afirmou que no período de expansão da região muitas economias estavam chegando aos seu limite de capacidade de crescimento e, por isso, para retomar um ritmo mais acelerado é preciso realizar reformas estruturais que aumentem a capacidade produtiva.

Huang Haizhou, diretor-gerente da China International Corporation, destacou que o país asiático estabilizou seu crescimento em torno de 7%, número inferior aos dois dígitos registrados na última década, mas seguirá tendo um alto peso na expansão da economia mundial.

O especialista argumentou que a relação comercial do gigante asiático com a região é permanente e se manterá dessa forma inclusive no processo de transição que vive a economia chinesa, de um crescimento mais baseado no consumo para mais investimento.

Sobre o ciclo de baixa nas matérias-primas não houve concordância de quão profundo será nem por quanto tempo se estenderá.

"Pode ser mais suave, porém mais permanente", opinou Reinhart.

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