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Queda de estoques vai estimular a produção, diz CNI

Desde o final de 2005, estoques estão em processo de ajuste, o que permitirá aumento da atividade industrial no futuro

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vê espaço para que as empresas elevem sua produção nos próximos meses, devido ao término do ciclo de ajuste de estoques iniciado no final de 2005. Segundo a CNI, os números do primeiro trimestre de 2006 indicam que as vendas industriais continuaram subindo, apesar da queda do número de horas trabalhadas - o que sinaliza a redução de estoques. "Essa sinalização de queda dos estoques é positiva, pois abre espaço para aumento futuro da produção industrial", afirma a CNI em nota.

Em março, as vendas reais da indústria cresceram 0,86% sobre fevereiro e 2,64% sobre março do ano passado. No primeiro trimestre, a alta foi de 2,26% sobre igual período do de 2005. A confederação atribuiu a expansão dos negócios à queda das taxas de juros, que permitiram melhores condições de crédito, e também ao aumento da renda familiar, decorrente do crescimento dos salários e dos benefícios sociais. A CNI destacou, porém, que a valorização do real tem limitado a rentabilidade dos exportadores.

As horas trabalhadas recuaram 0,70% no mês retrasado, em comparação a fevereiro. No primeiro trimestre, a queda foi de 0,19% sobre os últimos três meses de 2005. A CNI ressaltou que o indicador registra queda há três trimestres consecutivos. Na comparação anual, no entanto, os números ainda são positivos. Em março, o número de horas trabalhadas aumentou 3,39% sobre o mesmo mês de 2005. Já no primeiro trimestre, o indicador ficou 2,57% acima do que o de igual período do ano passado.

A indústria brasileira operou com 82,1% de sua capacidade instalada em março - o menor nível para esse mês desde 2003. Na comparação com março de 2005, o recuo foi de 0,9 ponto percentual. Apesar disso, o indicador ainda está acima da média dos anos recentes. Entre 2001 e 2005, o nível médio de utilização da capacidade instalada para os meses de março foi de 81,7%. Para a CNI, isso significa que não há riscos de gargalos na produção neste ano, embora o ritmo da indústria deva subir nos próximos meses.

A confederação também apontou sinais "tênues" de recuperação do nível de emprego na indústria. Em março, o indicador cresceu 0,27% sobre fevereiro. Trata-se do segundo mês consecutivo de alta do emprego industrial. Nos dois trimestres anteriores, a indústria registrou sucessivas quedas deste indicador.

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