Economia

Putin proíbe importações de países que apoiaram sanções

Vladimir Putin ordenou a proibição ou limitação por um ano das importações de produtos dos países que apoiaram sanções contra a Rússia


	Vladimir Putin: medidas afetarão classes específicas de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vladimir Putin: medidas afetarão classes específicas de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 12h57.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou nesta quarta-feira a proibição ou limitação por um ano das importações de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos dos países que apoiaram as sanções contra a Rússia por seu papel no conflito ucraniano.

O decreto assinado nesta quarta-feira pelo chefe do Kremlin faz referência à "adoção de medidas econômicas especiais para garantir a segurança da Federação Russa", segundo informaram as agências russas.

Estas medidas afetarão "classes específicas de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos".

Os países envolvidos serão aqueles que "tenham tomado decisões sobre sanções econômicas contra pessoas físicas ou jurídicas russas ou tenham se somado a tais decisões".

Ao mesmo tempo, o decreto abre a possibilidade para que o prazo de proibição das importações seja modificado.

Putin encarrega o governo liderado pelo primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, para determinar qual produção deve ter proibida sua entrada no mercado russo.

Além disso, Putin encomendou ao Executivo o aumento da oferta de produtos nacionais e que impeça uma alta dos preços destes perante a redução das importações.

O líder russo tinha encarregado ontem ao governo "preparar medidas de resposta" às sanções contra a Rússia aprovadas por alguns países, entre eles EUA e os da UE, pelo apoio de Moscou aos separatistas pró-Rússia que atuam no leste da Ucrânia.

"Os instrumentos políticos de pressão à economia são inaceitáveis, contradizem todas as normas e regras", declarou então Putin, que assegura ao país que as sanções permitirão aumentar a independência econômica russa.

Ao mesmo tempo, Putin ressaltou que as medidas devem ser tomadas "com extrema cautela, para apoiar os produtores nacionais mas sem prejudicar os consumidores".

Os Estados Unidos e a União Europeia adotaram há uma semana novas sanções econômicas contra a Rússia por não fazer o suficiente para diminuir a tensão na Ucrânia e pelo suposto derrubamento por parte dos milicianos rebeldes armados por Moscou de um avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo.

As sanções ocidentais, que se dirigem contra os bancos públicos russos, o setor da defesa e também o petroleiro, já obrigaram ao governo russo a replanejar sua estratégia econômica e orçamentária para este e o próximo ano.

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