Economia

PSR prevê alta de no mínimo 41% na tarifa elétrica em 2015

A projeção considera apenas fatores inerentes a problemas enfrentados pelo setor até 2014


	Conta de luz: com o aumento, o custo da energia alcançará R$ 485/MWh, ante R$ 344/MWh do ano passado
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Conta de luz: com o aumento, o custo da energia alcançará R$ 485/MWh, ante R$ 344/MWh do ano passado (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 13h00.

São Paulo - A energia que abastece as residências brasileiras ficará no mínimo 41% mais cara em 2015, na avaliação da consultoria PSR. A projeção considera apenas fatores inerentes a problemas enfrentados pelo setor até 2014 e não inclui, por exemplo, o impacto provocado pelas bandeiras tarifárias. Não considera, também, custos associados à continuidade das dificuldades enfrentadas pelo setor em 2015.

A projeção, divulgada pelo diretor da PSR Marco Antonio Siqueira, é fundamentada em basicamente quatro fatores. O custo da energia terá efeito de 10% sobre as tarifas.

A necessidade de pagamento de empréstimos concedidos pelo Tesouro Federal e por bancos às distribuidoras terá efeito de outros 11%.

O efeito sobre um orçamento na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de R$ 23 bilhões, o qual não será assumido pelo governo federal, seria de 14%. E ainda há a pressão de uma inflação de 6% ao ano.

"A tarifa precisará ser reajustada em 41% em 2015", sintetiza Siqueira. Com o aumento, o custo da energia alcançará R$ 485/MWh, ante R$ 344/MWh do ano passado.

"E ainda há os custos não definidos, como a indenização de ativos de transmissão anteriores a 2000 e a questão dos geradores", pontua o especialista da PSR.

A indenização por ativos de transmissão está estimada em R$ 10 bilhões pelo governo, mas entre as transmissoras o valor projetado é de R$ 20 bilhões, segundo Siqueira.

No caso dos geradores, a conta seria de outros R$ 20 bilhões, estima a consultoria. "Falamos de mais R$ 40 bilhões a serem resolvidos. Com isso, temos R$ 100 bilhões para serem discutidos, sem falar o que teremos neste ano", comenta.

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