Economia

Projeções para dívida do setor público pioram em 2016 e 2017

Na véspera, notícia sobre delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS) já animara os favoráveis ao impeachment


	Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa em sede do PT: também na quinta-feira foi divulgado o número oficial do tombo da economia brasileira em 2015, de 3,8 por cento
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa em sede do PT: também na quinta-feira foi divulgado o número oficial do tombo da economia brasileira em 2015, de 3,8 por cento (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 11h41.

São Paulo - Em meio a pequenos ajustes nas projeções econômicas, o destaque na pesquisa Focus do Banco Central desta segunda-feira foi a piora nas estimativas para a dívida líquida do setor público para 2016 e mais acentuadamente para 2017.

De acordo com o levantamento junto a uma centena de economistas, a projeção para a dívida líquida do setor público em 2016 subiu em 0,3 ponto percentual, a 41,05 por cento do PIB, enquanto para 2017, o aumento foi de 1,2 ponto, a 45,2 por cento do PIB.

A semana passada foi recheada de eventos econômicos e políticos. Na sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo da nova etapa da operação Lava Jato, aproximando ainda mais a investigação do atual governo.

Na véspera, notícia sobre delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS) já animara os favoráveis ao impeachment.

Também na quinta-feira foi divulgado o número oficial do tombo da economia brasileira em 2015, de 3,8 por cento, o pior resultado desde 1990.

Antes disso, o BC deixou a taxa básica de juros em 14,25 por cento ao ano, sugerindo que não deve cortar a Selic tão cedo.

Entretanto, os especialistas consultados no Focus podem ainda não ter incorporado esses resultados em suas projeções.

O ajuste no Focus mostrou a estimativa para a inflação este ano a 7,59 por cento, contra 7,57 por cento antes, bem acima do teto da meta para este ano, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos.

Para o ano que vem permanece pela quarta semana seguida a expectativa de que o IPCA subirá 6 por cento, exatamente no limite máximo estabelecido pelo governo, de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em relação à Selic, também não houve mudança na projeção de que a taxa terminará este ano a 14,25 por cento e 2017 a 12,50 por cento.

Em relação à economia, a mediana das projeções no Focus para Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 agora é de contração de 3,50 por cento, ante queda de 3,45 por cento na pesquisa anterior.

Para 2017 a estimativa de crescimento permaneceu em 0,50 por cento.

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