Economia

Produtos básicos respondem por 40% do aumento das exportações

Já os produtos semimanufaturados apresentaram crescimento de 35,4% nas vendas externas, enquanto os manufaturados subiram 19,5%

No grupo dos básicos, o destaque foi para minério de ferro (38%) somando US$ 3,7 bilhões em exportações (Agência Vale/Divulgação)

No grupo dos básicos, o destaque foi para minério de ferro (38%) somando US$ 3,7 bilhões em exportações (Agência Vale/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 20h34.

Brasília – O superávit da balança comercial de US$ 3,135 bilhões, registrado no mês de julho, foi puxado pelo aumento de 40,6% das exportações de produtos básicos na comparação com o desempenho do mesmo mês do ano passado. Os embarques externos somaram US$ 10,678 bilhões. Já os produtos semimanufaturados apresentaram crescimento de 35,4% nas vendas externas, rendendo ao país US$ 3,322 bilhões no mês. E os produtos manufaturados subiram 19,5%, com exportações de US$ 7,793 bilhões.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, destacou o aumento dos manufaturados em julho, classificando o desempenho do grupo de “expressivo”. “Apesar dos básicos estarem crescendo em um ritmo muito acelerado, é muito expressivo [o crescimento dos] os itens manufaturados”, avaliou.

No grupo dos básicos, o destaque foi para minério de ferro (38¨%) somando US$ 3,7 bilhões em exportações. Também houve crescimento das vendas externas de petróleo em bruto (198,1%), minério de cobre (145,4%) e do café em grão (42,1%). O resultado das exportações dos três produtos, respectivamente, foi US$ 3,7 bilhões, US$ 2 bilhões e US$ 178 milhões.

Entre os manufaturados, as exportações de maior destaque foram a de óxidos e hidróxidos de alumínio, com crescimento de 169,6%; polímeros plásticos (+86,9%); e óleos combustíveis (+85,2%). Os embarques externos desses produtos somaram, respectivamente, US$ 314 milhões, US$ 239 milhões e US$ 327 milhões.

No caso dos semimanufaturados, a colaboração no aumento da balança comercial se deu, principalmente, pelo crescimento das vendas externas de ferro e aço, que ficou em 115,4% no mês passado na comparação com julho de 2010, somando US$ 438 milhões. Também houve aumento nas exportações de alumínio em bruto (103,9%), somando US$ 146 milhões, e açúcar em bruto (58,5%), que registrou US$ 1,3 bilhão.

Nas importações, houve aumento de bens de consumo (36,8%), matérias-primas e intermediários (26%), combustíveis e lubrificantes (16,9%) e bens de capital (10%). No caso de bens de consumo, houve destaque nas compras internas de vestuário, automóveis, produtos alimentícios. Já no segmento de matérias-primas e intermediários, aumentaram as importações de insumos para agricultura, produtos minerais e acessórios de equipamentos de transporte. Com relação a combustíveis e lubrificantes, o acréscimo das compras de produtos estrangeiros pode ser atribuído ao aumento de preço e quantidades trazidas de óleos combustíveis, carvão e nafta.

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorConsumoExportações

Mais de Economia

Brasil é 'referência mundial' em regulação financeira, diz organizador de evento paralelo do G20

Governo teme “efeito cascata” no funcionalismo se Congresso aprovar PEC do BC

Banco Central estabelece regras para reuniões com agentes do mercado financeiro

Produção industrial sobe 4,1% em junho, maior alta desde julho de 2020

Mais na Exame