Economia

Produção mundial de automóveis aumentou 8%

Depois do Brasil a Venezuela é o país que mais aumentou as vendas de automóveis neste ano


	O aumento  da produção mundial de automóveis durante julho e agosto foi impulsionado por um aumento de mais de 10% na América do Sul
 (Sean Gallup/Getty Images)

O aumento  da produção mundial de automóveis durante julho e agosto foi impulsionado por um aumento de mais de 10% na América do Sul (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 20h24.

Toronto - A produção mundial de automóveis aumentou em 8% em julho e agosto, graças à América do Sul (liderada pelo Brasil), embora na Europa Ocidental as condições "estejam piorando", segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pela instituição financeira canadense Scotiabank.

O documento afirma que o aumento de 8% da produção mundial de automóveis durante julho e agosto, comparado com o mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por um aumento de mais de 10% na América do Sul.

O autor do relatório, o economista Carlos Gomes, disse em declarações à Agência Efe que "o Brasil é o principal motor da região e representa dois terços das vendas de automóveis na América do Sul".

"A melhora no Brasil está sendo impulsionada pelo pacote de estímulo de US$ 10 bilhões apresentado pelo governo em maio", acrescentou Gomes.

O economista também revelou que depois do Brasil a Venezuela é o país que mais aumentou as vendas de automóveis neste ano. Enquanto isso, a Argentina - o segundo mercado em volume de vendas da América do Sul - teve uma leve queda.


Gomes advertiu que na Europa Ocidental, o único mercado onde as vendas caíram durante o período, as condições "estão piorando".

O relatório da Scotiabank mostra que "os resultados preliminares das vendas em setembro apontam para uma queda de pelo menos 15% na região, o dobro da tendência registrada em agosto (queda de 7,5%)".

"Os dados de setembro sugerem que as condições estão ficando piores. As vendas nos cinco maiores mercados registraram quedas superiores a 10% em setembro, comparadas com a diminuição de 7% das vendas entre janeiro e agosto", disse Gomes.

"Em particular, as vendas na Alemanha caíram 11% em setembro, comparadas com o mesmo mês do ano anterior. A queda reflete as péssimas condições econômicas e a redução da confiança dos consumidores", acrescentou Gomes.

Já na América do Norte, "as fábricas estão novamente funcionando com capacidade máxima, com várias instalações acrescentando um terceiro turno de trabalho ou programando horas extras durante os próximos meses para garantir que a indústria consiga atender a forte demanda".

Nos Estados Unidos, a produção atingirá um ritmo anual de 15,6 milhões de automóveis no último trimestre do ano.


"De fato, dado que as vendas foram maiores que o esperado nos últimos meses, os fabricantes impulsionaram seus planos de produção em 85 mil unidades, aproximadamente 2,5% a mais que no mês passado", disse o relatório.

Em setembro, as vendas de automóveis pequenos nos Estados Unidos aumentaram 43,5% comparado com o mesmo mês de 2011, e as de veículos de tamanho médio cresceram 17,5%.

Gomes disse à Efe que "os americanos estão mudando para veículos mais eficientes. O aumento das vendas de automóveis pequenos contrasta com um aumento de apenas 4% nas vendas de caminhonetes".

"Além disso, as vendas de veículos 4x4 representam agora apenas 7% do total de veículos vendidos nos Estados Unidos, quando representavam 20% há quase uma década", acrescentou Gomes.

Na Ásia, as vendas na China aumentaram 11% em agosto em relação ao mesmo período do ano anterior. Mas a Rússia é o país que está experimentando o maior crescimento.

A produção de veículos aumentou 42% no ano passado e em agosto o crescimento foi de 16%, por isso se espera que a produção total da Rússia em 2012 seja de 2,3 milhões de veículos, um número recorde. 

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