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Produção industrial sobe 0,7% em março ante fevereiro

Segundo IBGE, produção diminuiu 3,3% na comparação com março do ano passado

Fábrica da Sadia: expectativa era de que a produção industrial subisse 1,3 por cento em março (Joel Rocha/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 09h32.

Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira mostrou recuperação em março, ao subir 0,7 por cento frente a fevereiro, mas o número veio bem abaixo do esperado pelo mercado, indicando que a recuperação da economia brasileira continuava tímida.

Na comparação com março de 2012, a produção industrial mostrou contração de 3,3 por cento, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta sexta-feira. Isso significou que, no trimestre passado, o setor industrial recuou 0,5 por cento sobre igual período do ano passado De acordo com pesquisa da Reuters junto a 27 analistas, a expectativa era de que a produção industrial subisse 1,3 por cento em março ante fevereiro. As estimativas variaram de alta de 0,8 a 2,0 por cento.

Na comparação anual, a expectativa era de recuo de 2,1 por cento na mediana de 25 projeções, sendo que as projeções variaram de queda de 3,2 por cento a alta de 1,3 por cento.

O IBGE ainda revisou ligeiramente o dado mensal de fevereiro, que passou a mostrar queda de 2,4 por cento, ante 2,5 por cento divulgado anteriormente.

Segundo o IBGE, a categoria de bens de consumo foi a que apresentou maior variação mensal em março, com alta de 1,4 por cento. No segmento de bens duráveis, a alta foi de 4,7 por cento, enquando que no de semiduráveis e não duráveis, houve contração de 0,5 por cento.

A categoria de bens de capital, ainda na variação mensal, mostrou expansão de 0,7 por cento, enquanto que a de bens intermediários, de 0,8 por cento.


Mesmo beneficiada por várias medidas de estímulo do governo, a indústria brasileira vem mostrando desempenho errático neste início de ano, destacando a fragilidade da recuperação econômica.

Uma das atividades mais favorecidas é a de automóveis, com desonerações fiscais, mostrando um dos melhores desempenhos em março. Segundo o IBGE, o segmento de veículos automotores mostrou crescimento de 5,1 por cento no mês, "eliminando assim parte da queda de 8,1 por cento verificada em fevereiro último".

Segundo a Anfavea, associação que representa o setor, a produção de carros havia disparado 39,2 por cento em março ante o mês anterior.

Mesmo com o esforço do governo, bastante preocupado com a recuperação dos investimentos, o setor industrial ainda não mostra muita confiança. Em abril, o Índice de Confiança da Indústria medido pela Fundação Getulio Vargas recuou pelo segundo mês seguido.

Também em abril, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que a expansão do setor industrial foi a mais lenta em seis meses, em meio à primeira queda nas vendas para exportação desde novembro.

Atualizado às 9h31min

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Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira mostrou recuperação em março, ao subir 0,7 por cento frente a fevereiro, mas o número veio bem abaixo do esperado pelo mercado, indicando que a recuperação da economia brasileira continuava tímida.

Na comparação com março de 2012, a produção industrial mostrou contração de 3,3 por cento, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta sexta-feira. Isso significou que, no trimestre passado, o setor industrial recuou 0,5 por cento sobre igual período do ano passado De acordo com pesquisa da Reuters junto a 27 analistas, a expectativa era de que a produção industrial subisse 1,3 por cento em março ante fevereiro. As estimativas variaram de alta de 0,8 a 2,0 por cento.

Na comparação anual, a expectativa era de recuo de 2,1 por cento na mediana de 25 projeções, sendo que as projeções variaram de queda de 3,2 por cento a alta de 1,3 por cento.

O IBGE ainda revisou ligeiramente o dado mensal de fevereiro, que passou a mostrar queda de 2,4 por cento, ante 2,5 por cento divulgado anteriormente.

Segundo o IBGE, a categoria de bens de consumo foi a que apresentou maior variação mensal em março, com alta de 1,4 por cento. No segmento de bens duráveis, a alta foi de 4,7 por cento, enquando que no de semiduráveis e não duráveis, houve contração de 0,5 por cento.

A categoria de bens de capital, ainda na variação mensal, mostrou expansão de 0,7 por cento, enquanto que a de bens intermediários, de 0,8 por cento.


Mesmo beneficiada por várias medidas de estímulo do governo, a indústria brasileira vem mostrando desempenho errático neste início de ano, destacando a fragilidade da recuperação econômica.

Uma das atividades mais favorecidas é a de automóveis, com desonerações fiscais, mostrando um dos melhores desempenhos em março. Segundo o IBGE, o segmento de veículos automotores mostrou crescimento de 5,1 por cento no mês, "eliminando assim parte da queda de 8,1 por cento verificada em fevereiro último".

Segundo a Anfavea, associação que representa o setor, a produção de carros havia disparado 39,2 por cento em março ante o mês anterior.

Mesmo com o esforço do governo, bastante preocupado com a recuperação dos investimentos, o setor industrial ainda não mostra muita confiança. Em abril, o Índice de Confiança da Indústria medido pela Fundação Getulio Vargas recuou pelo segundo mês seguido.

Também em abril, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que a expansão do setor industrial foi a mais lenta em seis meses, em meio à primeira queda nas vendas para exportação desde novembro.

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