Linha de produção da máquina de lavar roupa da Bosh Siemens em uma fábrica na cidade de Nauen, na Alemanha (Andreas Rentz/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2013 às 08h42.
Bruxelas - A produção industrial da zona do euro surpreendeu as expectativas ao registrar alta em abril ante o mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, mas o ritmo de expansão poderia ter sido melhor não fosse a queda nos setores de energia e bens de consumo duráveis.
A produção industrial nos 17 países que usam a moeda única avançou 0,4 por cento no mês, após um salto de 0,9 por cento em maio, mostraram os dados da agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.
Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda de 0,2 por cento.
A economia do bloco continua pressionada pelo impacto da crise da dívida soberana, ao passo que os governos continuam com políticas de consolidação fiscal que desaceleram o crescimento, milhões de europeus estão desempregados e empresas de pequeno e médio porte estão sofrendo para conseguir crédito.
"Embora os dados da produção industrial de abril sejam relativamente encorajadores, o setor industrial da zona do euro ainda não deixou seus problemas para trás", afirmou o economista-chefe europeu do IHS Global Insight, Howard Archer.
"De fato, as condições continuam longe de fáceis para os empresários industriais da zona do euro." O ritmo da contração econômica do bloco desacelerou nos três meses do ano até março, na comparação com o trimestre anterior, mas os europeus enfrentando mercados de trabalho estressados continuam relutantes para gastar, evitando uma recuperação mais dinâmica.
A produção industrial em abril foi influenciada por uma queda de 1,5 por cento na produção de energia na base mensal, o primeiro declínio em quatro meses, e por um recuo de 2,7 por cento na produção de carros, eletrônicos e outros bens de consumo duráveis.
A Eurostat revisou o número da produção industrial de março, para mostrar uma queda de 0,9 por cento ante 1,0 por cento anteriormente.
Na comparação com o ano anterior, a produção industrial caiu 0,6 por cento depois de uma queda revisada de 1,4 por cento em março, mostraram os dados.