Produção de petróleo é a maior em 5 meses, diz a Opep
Alta foi impulsionada pela reabertura de portos e campos de petróleo na Líbia, mas continuidade de conflitos pode comprometer a produção
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2014 às 09h52.
Londres - A produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiu em julho seu maior nível em cinco meses, impulsionada pela reabertura de portos e campos de petróleo na Líbia, segundo relatório mensal divulgado nesta sexta-feira, 08.
A Opep informou que a produção líbia aumentou em 200 mil barris por dia (bpd) no mês passado, ampliando o resultado geral do grupo em 167 mil bpd, a 29,9 milhões de bpd.
Em julho, o governo da Líbia fechou um acordo com forças rebeldes para reabrir portos e campos de petróleo que estavam desativados há quase um ano, alimentando esperanças de que o país eleve suas exportações da commodity . No entanto, a continuidade de conflitos no país pode comprometer novos incrementos na produção.
Enquanto isso, o avanço da onda de violência no Iraque tem mantido a produção no norte do país isolada há vários meses. Embora continuem as operações no sul, onde se concentra a maior parte da produção iraquiana, cresceram os temores esta semana em relação à região semiautônoma do Curdistão.
"Até recentemente, a esperança da Opep se baseava particularmente no Iraque, já que o país deveria ser responsável por dois terços dos futuros aumentos na produção do cartel. No entanto, o Iraque está agora cada vez mais mergulhando no caos", comentaram analistas do Commerzbank em nota a clientes.
Os problemas políticos em países-membros da Opep ocorrem num momento em que a entidade já lida com a queda na participação do mercado, diante principalmente do aumento da produção nos EUA. No ano passado, a fatia da Opep na produção global ficou em 43,4%, ante 44,6% em 2012, de acordo com o relatório anual do grupo.
Em 2014, a Opep prevê que a demanda por seu petróleo seja de 29,6 milhões de bpd, o que representa uma revisão para baixo de 100 mil bpd em relação à estimativa anterior.
Fonte: Dow Jones Newswires.