Economia

Produção de fertilizantes do Brasil é a menor desde 2009

Produção atingiu o nível mais baixo desde 2009, informou a Associação Nacional para Difusão de Adubos


	Transporte de fertilizante: agricultores do país continuam dependentes de crescentes importações do insumo, que atingiram volume recorde em 2013
 (Rogério Montenegro/EXAME)

Transporte de fertilizante: agricultores do país continuam dependentes de crescentes importações do insumo, que atingiram volume recorde em 2013 (Rogério Montenegro/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 14h18.

São Paulo - A produção de fertilizantes no Brasil somou 9,30 milhões de toneladas em 2013, queda de 4,3 por cento na comparação com 2012, atingindo o nível mais baixo desde 2009, informou a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Em 2009, a produção de fertilizantes somou 8,37 milhões de toneladas, tendo ficado em torno de 9,5 milhões de toneladas nos últimos anos. Já a safra de grãos e oleaginosas do país cresceu desde 2009 cerca de 60 milhões de toneladas, para 196 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os dados de 2013 reforçam a ideia de que a produção de fertilizante não está acompanhando o crescimento da safra brasileira, e que os agricultores do país continuam dependentes de crescentes importações do insumo, que atingiram volume recorde em 2013.

O Brasil, uma potência agrícola, importou no ano passado 21,6 milhões de toneladas de fertilizantes intermediários (nitrogênio, fósforo e potássio, matérias-primas básicas para o adubo), alta de mais de 10 por cento ante 2012.

O volume importado representou 69,5 por cento do total consumido no Brasil, contra 66,1 por cento em 2012.

As importações de fertilizantes nitrogenados apresentaram aumento anual de 15,9 por cento; os fosfatados tiveram alta de 20,5 por cento, e os potássicos, de 3,7 por cento.

De outro lado, a Anda apontou quedas na produção nacional dos fertilizantes nitrogenados de 5,2 por cento; nos fosfatados, de 3,6 por cento; e nos potássicos de 10,4 por cento. A entidade não deu detalhes dos motivos da redução.


Para 2014, se a produção não reagir, as importações de fertilizantes possivelmente vão se manter em patamares elevados, já que uma nova safra recorde de grãos e oleaginosas, de quase 200 milhões de toneladas, é esperada.

Vendas recordes

Com o crescimento da produção agrícola brasileira, incluindo cana-de-açúcar e café, as vendas de fertilizantes no país em 2013 somaram 31,08 milhões de toneladas, confirmando um volume recorde que marcou um crescimento de 5,2 por cento na comparação com 2012.

O Estado do Mato Grosso, maior produtor de grãos e oleaginosas do Brasil, concentrou o maior volume de entregas no ano de 2013, atingindo 5,5 milhões de toneladas.

São Paulo, maior produtor de cana do Brasil, manteve o segundo posto, com 4,2 milhões de toneladas, seguido pelo Estado do Rio Grande do Sul (3,9 milhões) e o Paraná (3,8 milhões).

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