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Produção de aço cai e 2014 fecha abaixo do esperado

A produção brasileira de aço bruto caiu 1% em dezembro, fazendo o desempenho das siderúrgicas no ano ficar abaixo das projeções

Siderúrgica: volume de aço bruto produzido em dezembro foi de 2,628 milhões de toneladas, o segundo menor do ano (Timothy Fadek/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 17h13.

São Paulo - A produção brasileira de aço bruto caiu 1 por cento em dezembro, fazendo o desempenho das siderúrgicas em 2014 ficar abaixo das projeções do Instituto Aço Brasil (IABr), que representa o setor e defende que os ajustes na economia sendo feitos pelo governo federal não penalizem mais intensamente o setor industrial.

O volume de aço bruto produzido em dezembro foi de 2,628 milhões de toneladas, o segundo menor do ano, atrás apenas das 2,622 milhões de fevereiro. Com isso, a produção em 2014 somou 33,912 milhões de toneladas, queda de 0,7 por cento sobre 2013.

No fim de novembro, o IABr divulgou que esperava queda anual de 0,1 por cento na produção, para 34,2 milhões de toneladas.

A entidade não tem projeções de produção para 2015.

"Tivemos um ano muito difícil em 2014, com o mercado não crescendo o que devia crescer, o setor perdendo competitividade sistêmica e sofrendo baixo uso de capacidade, o que impactou o resultado (das siderúrgicas)", disse o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

Ele acrescentou que o nível de ociosidade das usinas siderúrgicas em 2014 foi de 30 por cento.

Segundo ele, a perspectiva para 2015 é "um pouco melhor", por conta da sinalização do governo de fazer correções na economia que permitam a retomada do crescimento do país.

"O pior cenário seria começar 2015 na mesma toada. Podemos estar caminhando para um ponto de inflexão. Mas ajuste pode ser buscado também via corte de despesas, não só de aumento de receitas", disse Lopes, acrescentando que os custos da energia são um ponto que "nos preocupam muito".

Nesta sexta-feira, reportagem da Reuters mostrou que a alta da conta de luz em 2015 poderá ser ainda maior que os até 40 por cento estimados nos últimos dias e alcançar entre 50 e 60 por cento nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

"No mundo inteiro, a indústria tem certa prioridade em relação aos setores residenciais. Há uma preocupação para que os consumidores de alta tensão não sejam penalizados", disse Lopes.

Dezembro

A produção de dezembro voltou a apresentar as mesmas tendências de meses anteriores, com queda de dois de dígitos nos volumes de laminados, mas expressivo crescimento na produção de semi-acabados, após a ArcelorMittal Tubarão ter religado alto-forno no Espírito Santo, em julho. A produção desse forno é voltada para exportação, para usinas de laminação da empresa nos Estados Unidos e outros clientes.

Segundo o IABr, as vendas de aço no Brasil em dezembro caíram 9 por cento sobre um ano antes, para 1,466 milhão de toneladas. A queda nas vendas foi liderada por laminados planos, cujos volumes despencaram 14,7 por cento.

O produto tem entre os principais usuários a indústria de veículos, que em dezembro cortou sua produção em quase 12 por cento.

O consumo aparente de aço do país no mês passado caiu 8,5 por cento sobre dezembro de 2013 e 10,5 por cento sobre novembro, encerrando o ano em baixa de 6,8 por cento, a 24,6 milhões de toneladas.

A expectativa do IABr para o consumo aparente em 2015 é de 25,2 milhões de toneladas.

As exportações de aço do Brasil em dezembro dispararam 70,9 por cento sobre um ano antes, para 1,025 milhão de toneladas, com forte contribuição dos produtos semi-acabados.

No ano, as vendas externas somaram 9,781 milhões de toneladas, alta de 20,9 por cento sobre 2013.

As importações do mês passado foram de 213,5 mil toneladas, queda anual de 3,3 por cento, somando 3,977 milhões de toneladas em 2014, 7,4 por cento mais do que no ano anterior.

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O volume de aço bruto produzido em dezembro foi de 2,628 milhões de toneladas, o segundo menor do ano, atrás apenas das 2,622 milhões de fevereiro. Com isso, a produção em 2014 somou 33,912 milhões de toneladas, queda de 0,7 por cento sobre 2013.

No fim de novembro, o IABr divulgou que esperava queda anual de 0,1 por cento na produção, para 34,2 milhões de toneladas.

A entidade não tem projeções de produção para 2015.

"Tivemos um ano muito difícil em 2014, com o mercado não crescendo o que devia crescer, o setor perdendo competitividade sistêmica e sofrendo baixo uso de capacidade, o que impactou o resultado (das siderúrgicas)", disse o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

Ele acrescentou que o nível de ociosidade das usinas siderúrgicas em 2014 foi de 30 por cento.

Segundo ele, a perspectiva para 2015 é "um pouco melhor", por conta da sinalização do governo de fazer correções na economia que permitam a retomada do crescimento do país.

"O pior cenário seria começar 2015 na mesma toada. Podemos estar caminhando para um ponto de inflexão. Mas ajuste pode ser buscado também via corte de despesas, não só de aumento de receitas", disse Lopes, acrescentando que os custos da energia são um ponto que "nos preocupam muito".

Nesta sexta-feira, reportagem da Reuters mostrou que a alta da conta de luz em 2015 poderá ser ainda maior que os até 40 por cento estimados nos últimos dias e alcançar entre 50 e 60 por cento nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

"No mundo inteiro, a indústria tem certa prioridade em relação aos setores residenciais. Há uma preocupação para que os consumidores de alta tensão não sejam penalizados", disse Lopes.

Dezembro

A produção de dezembro voltou a apresentar as mesmas tendências de meses anteriores, com queda de dois de dígitos nos volumes de laminados, mas expressivo crescimento na produção de semi-acabados, após a ArcelorMittal Tubarão ter religado alto-forno no Espírito Santo, em julho. A produção desse forno é voltada para exportação, para usinas de laminação da empresa nos Estados Unidos e outros clientes.

Segundo o IABr, as vendas de aço no Brasil em dezembro caíram 9 por cento sobre um ano antes, para 1,466 milhão de toneladas. A queda nas vendas foi liderada por laminados planos, cujos volumes despencaram 14,7 por cento.

O produto tem entre os principais usuários a indústria de veículos, que em dezembro cortou sua produção em quase 12 por cento.

O consumo aparente de aço do país no mês passado caiu 8,5 por cento sobre dezembro de 2013 e 10,5 por cento sobre novembro, encerrando o ano em baixa de 6,8 por cento, a 24,6 milhões de toneladas.

A expectativa do IABr para o consumo aparente em 2015 é de 25,2 milhões de toneladas.

As exportações de aço do Brasil em dezembro dispararam 70,9 por cento sobre um ano antes, para 1,025 milhão de toneladas, com forte contribuição dos produtos semi-acabados.

No ano, as vendas externas somaram 9,781 milhões de toneladas, alta de 20,9 por cento sobre 2013.

As importações do mês passado foram de 213,5 mil toneladas, queda anual de 3,3 por cento, somando 3,977 milhões de toneladas em 2014, 7,4 por cento mais do que no ano anterior.

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