Economia

Prévia do PIB: mais um número frustrante

Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente a dezembro de 2019

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 05h55.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2020 às 06h19.

Não é surpresa para ninguém que o crescimento do Brasil em 2019 ficou muito abaixo do esperado. A confirmação de o quão abaixo será conhecida nesta sexta-feira (14), quando o Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente a dezembro de 2019.

Considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador ajuda instituições financeiras a tomar decisões com relação a câmbio e juros antes da divulgação oficial dos dados de atividade econômica medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O banco Itaú espera que o IBC-Br mostre um recuo de 0,4% em dezembro ante novembro. Já para o acumulado do ano de 2019, o banco prevê alta de 1%. Para 2020, a estimativa é de expansão de 2%. Em novembro, o índice havia subido o,18% na comparação com novembro 1,10% na comparação anual.

A prévia do PIB de dezembro pode frustrar o mercado financeiro, assim como ocorreu com outros indicadores de atividade econômica que ficaram aquém do esperado. A indústria foi a primeira decepção. Após dois anos de alta, a produção nacional recuou 1,1% em 2019. O comércio varejista, que cresceu 1,8%, também desapontou, com o aumento das vendas mais fraco do triênio. E o setor de serviços foi mais um dos que frustraram os analistas.

A esperança pode vir do setor do agronegócio. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o Cepea-USP, calcularam que o PIB do agronegócio cresceu 2,4% de janeiro a novembro de 2019.

De qualquer forma, os números que mostram que a atividade econômica no país continua a reagir muito lentamente se somam às preocupações que o crescimento global seja mais fraco em função da epidemia de coronavírus. Tudo isso vem minando as expectativas de um 2020 mais robusto. Será preciso que uma rodada de boas notícias venha — e logo — para retomar o otimismo da virada do ano.

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