Economia

Prévia do PIB: IBC-Br sobe 0,34% em fevereiro, mas fica abaixo do esperado

De janeiro para fevereiro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,83 pontos para 139,30 pontos na série dessazonalizada, apenas superando o patamar do primeiro mês de 2022

pib do brasil (Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images)

pib do brasil (Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2022 às 10h14.

Última atualização em 2 de maio de 2022 às 10h21.

A economia brasileira voltou ao campo positivo em fevereiro após recuo em janeiro, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador subiu 0,34% ante o mês anterior, considerando a série livre de efeitos sazonais. Em janeiro, a queda havia sido de 0,73% (dado revisado nesta segunda-feira, 2).

Com a trégua na greve dos servidores do BC até hoje, a autarquia começou a atualizar na semana passada as divulgações que estavam atrasadas, como o IBC-Br, a prévia do PIB, que deveria ter sido divulgado 14 de abril. Os servidores vão retomar a greve a partir desta terça-feira (3) e o BC ainda não se pronunciou sobre o efeito nas divulgações.

LEIA TAMBÉM: Reajuste de 19% no gás natural impacta residências, indústria e taxistas

De janeiro para fevereiro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,83 pontos para 139,30 pontos na série dessazonalizada, apenas superando o patamar do primeiro mês de 2022. Em dezembro, o IBC-Br marcou 139,85 pontos.

O resultado veio um pouco abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, positiva em 0,40%, na pesquisa Projeções Broadcast, cujo intervalo das previsões ia de queda de 0,20% a alta de 1,70%.

Na comparação entre os meses de fevereiro de 2022 e de 2021, houve crescimento de 0,66% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 135,52 pontos no segundo mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2015 (136,65 pontos).

O indicador de fevereiro de 2022 ante o mesmo mês de 2021 também ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de recuo de 1,30% a crescimento de 1,20%, com mediana positiva de 0,30%.

A economia brasileira mostrou expansão no primeiro bimestre, considerando os dados sem ajuste sazonal do IBC-Br. O Banco Central informou que o indicador teve crescimento de 0,44% na comparação com o mesmo período de 2021. Em 12 meses até fevereiro, o IBC-Br mostra avanço de 4,82%.

No trimestre finalizado em fevereiro ante os três meses anteriores (setembro a novembro), houve alta de 0,27%, pela série ajustada sazonalmente. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 0,88% pela série sem ajustes sazonais.

O Banco Central revisou nesta segunda-feira dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. O índice de janeiro variou de -0 99% para -0,73%, já o de dezembro de 2021 continuou em +0,32%. O índice novembro passou de +0,47% para +0,45%, enquanto o indicador de outubro foi de +0,06% para +0,05%. O resultado de setembro foi mantido em -0,57%. No caso de agosto, o IBC-Br variou de +0,11% para +0,10% e o dado de julho continuou em -0,12%.

VEJA TAMBÉM

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto