Economia

Prévia do PIB do Brasil sobe 1,12% no 1º tri, aponta BC

Em março, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,44 por cento ante fevereiro, em números dessazonalizados

Prévia do PIB: em março, o IBC-Br caiu 0,44 por cento ante fevereiro, em números dessazonalizados (Getty Images/Getty Images)

Prévia do PIB: em março, o IBC-Br caiu 0,44 por cento ante fevereiro, em números dessazonalizados (Getty Images/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 15 de maio de 2017 às 08h52.

Última atualização em 15 de maio de 2017 às 10h54.

Brasília - A economia brasileira voltou ao azul no primeiro trimestre após um longo período recessivo, conforme dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira, que entretanto ainda não apontam uma retomada linear ou forte.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve um crescimento de 1,12 por cento de janeiro a março sobre os três últimos meses de 2016, em dado dessazonalizado.

Em março, contudo, o índice caiu 0,44 por cento ante fevereiro, embora tenha vindo melhor que recuo de 0,95 por cento projetado em pesquisa Reuters.

Analistas já vinham pontuando que a recente mudança de metodologia das pesquisas de comércio e serviços do IBGE --que embasam os cálculos do mercado para o comportamento do índice-- vinha turvando as expectativas.

O resultado negativo em março se deu na esteira de uma fraqueza generalizada em indicadores econômicos recentes.

No mês, o setor de serviços caiu 2,3 por cento sobre fevereiro, pior resultado em cinco anos e abaixo do esperado por analistas.

O varejo, por sua vez, recuou 1,9 por cento na mesma base de comparação, no dado mensal mais fraco em 14 anos.

Enquanto isso, a produção industrial despencou 1,8 por cento sobre o mês anterior, leitura mais fraca para março na série histórica iniciada em 2002.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

No trimestre, o resultado positivo do índice também já era esperado pelo mercado. Numa investida pouco usual, o ministério do Planejamento chegou inclusive a divulgar uma expectativa de 1,3 por cento para a performance do IBC-Br no período.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que PIB crescerá no primeiro trimestre, mas também reconheceu que os efeitos da recessão ainda pesam sobre o país.

No último trimestre de 2016, a economia brasileira aprofundou a crise e encolheu 0,9 por cento sobre o terceiro trimestre, encerrando o ano com tombo de 3,6 por cento, de acordo com dados do IBGE. Em 2015, a retração do PIB havia sido de 3,8 por cento.

Para este ano, a expectativa dos economistas segundo o boletim Focus mais recente é de uma alta de 0,5 por cento do PIB, idêntica à estimativa oficial do governo.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraPIB do Brasil

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor