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Presidente do BoJ discute dívida pública no Parlamento

Sobre as políticas do BC, Haruhiko Kuroda disse que o banco central não tem planos para comprar títulos estrangeiros

Haruhiko Kuroda repetiu que o BoJ não financiará as necessidades fiscais, pois isso levaria a uma perda de confiança no banco central (REUTERS / Yuya Shino)
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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 06h28.

Tóquio - O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, chamou a atenção para alta dívida pública do Japão nesta quarta-feira. Kuroda chamou a dívida de "anormal" e "não sustentável".

Embora ele tenha ressaltado que a política do governo de orientar a política fiscal de forma flexível no curto prazo é necessária, seus mais recentes comentários foram um novo lembrete da preocupação de especialistas sobre os passivos públicos do Japão, que estão atualmente em mais de 200% da produção econômica anual.

"Eu também acredito que (a proporção) é extremamente elevada, e esta situação é anormal e não sustentável", disse Kuroda em uma sessão parlamentar sobre o relatório semestral do banco central sobre moeda e controle monetário.

"Até agora, o mercado de títulos do governo tem ficado estável, o que me faz pensar que a confiança do mercado na gestão fiscal do Japão está mantida", acrescentou Kuroda.

"Mas se o mercado perder a confiança nas finanças do Japão ou na dívida pública, tornando o mercado de títulos do governo instável ou elevando os rendimentos (yields) sobre a dívida, isso teria um impacto muito negativo sobre toda a política econômica, incluindo a política monetária."

Ele também repetiu que o BoJ não financiará as necessidades fiscais, pois isso levaria a uma perda de confiança no banco central.

Sobre as políticas do BC, Haruhiko Kuroda disse que o banco central não tem planos para comprar títulos estrangeiros, pois há muitos outros instrumentos de política monetária disponíveis.


"Eu não negaria a possibilidade de que a compra de títulos estrangeiros poderia ser vista como um meio de política, mas quando há muitas outras opções, nós não consideramos a compra de títulos estrangeiros", disse.

Kuroda repetiu que a compra de títulos estrangeiros seria interpretada pelos aliados econômicos do Japão como uma intervenção cambial destinada a enfraquecer o iene.

Entre as opções de relaxamento monetário, o BoJ vai realizar uma "equilibrada" compra de ativos financeiros, incluindo títulos do governo japonês e ativos mais arriscados, afirmou o Kuroda.

Escolhido pelo primeiro-ministro Shinzo Abe para trazer "mudança de regime" na política monetária do BoJ, Kuroda prometeu fazer tudo para acabar com a deflação do Japão e atingir a meta do banco central de 2% de inflação em dois anos.

Na reunião do banco central planejada para a semana que vem - a primeira desde que Kuroda assumiu o cargo há uma semana - o conselho de política monetária do BoJ deve discutir uma revisão de seu programa de relaxamento de política monetária, disseram fontes.

Kuroda afirmou também que é importante não trair as expectativas do mercado sobre o relaxamento monetário. As informações são da Dow Jones e da Market News International.

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Tóquio - O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, chamou a atenção para alta dívida pública do Japão nesta quarta-feira. Kuroda chamou a dívida de "anormal" e "não sustentável".

Embora ele tenha ressaltado que a política do governo de orientar a política fiscal de forma flexível no curto prazo é necessária, seus mais recentes comentários foram um novo lembrete da preocupação de especialistas sobre os passivos públicos do Japão, que estão atualmente em mais de 200% da produção econômica anual.

"Eu também acredito que (a proporção) é extremamente elevada, e esta situação é anormal e não sustentável", disse Kuroda em uma sessão parlamentar sobre o relatório semestral do banco central sobre moeda e controle monetário.

"Até agora, o mercado de títulos do governo tem ficado estável, o que me faz pensar que a confiança do mercado na gestão fiscal do Japão está mantida", acrescentou Kuroda.

"Mas se o mercado perder a confiança nas finanças do Japão ou na dívida pública, tornando o mercado de títulos do governo instável ou elevando os rendimentos (yields) sobre a dívida, isso teria um impacto muito negativo sobre toda a política econômica, incluindo a política monetária."

Ele também repetiu que o BoJ não financiará as necessidades fiscais, pois isso levaria a uma perda de confiança no banco central.

Sobre as políticas do BC, Haruhiko Kuroda disse que o banco central não tem planos para comprar títulos estrangeiros, pois há muitos outros instrumentos de política monetária disponíveis.


"Eu não negaria a possibilidade de que a compra de títulos estrangeiros poderia ser vista como um meio de política, mas quando há muitas outras opções, nós não consideramos a compra de títulos estrangeiros", disse.

Kuroda repetiu que a compra de títulos estrangeiros seria interpretada pelos aliados econômicos do Japão como uma intervenção cambial destinada a enfraquecer o iene.

Entre as opções de relaxamento monetário, o BoJ vai realizar uma "equilibrada" compra de ativos financeiros, incluindo títulos do governo japonês e ativos mais arriscados, afirmou o Kuroda.

Escolhido pelo primeiro-ministro Shinzo Abe para trazer "mudança de regime" na política monetária do BoJ, Kuroda prometeu fazer tudo para acabar com a deflação do Japão e atingir a meta do banco central de 2% de inflação em dois anos.

Na reunião do banco central planejada para a semana que vem - a primeira desde que Kuroda assumiu o cargo há uma semana - o conselho de política monetária do BoJ deve discutir uma revisão de seu programa de relaxamento de política monetária, disseram fontes.

Kuroda afirmou também que é importante não trair as expectativas do mercado sobre o relaxamento monetário. As informações são da Dow Jones e da Market News International.

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